sábado, 6 de junho de 2009

Olha a rasga mortalha ai moleque!!!!!!

- Eu não rasgo mortalha!!!!!
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jorge disse...

Teve uma noite que o papai pegou uma baladeira e pedras e correu para a porta da cozinha. A mamãe junto apontando para o alto dos açaizeiros que tinham no nosso quintal. Havia uma coruja pousada lá. Uma tal de rasga mortalha. Eu não entendi direito o que as penas tinha haver com a morte, só lembro do papai tentando balar a coruja. Depois é que começei a ouvir as lendas sobre a tal rasga mortalha. Eu, criança, também morria de medo dessas associações macabras.
6 de Junho de 2009 17:56

Um comentário:

Artur Dias disse...

Acho que nessa infância, havia superstição até pra mijar. Mas sempre o papai reafirmava: "assombração não existe. Se um dia eu disser que vi uma, pode me internar. Porque não existe coisa alguma que a ciência não explique ou vá, um dia, explicar". E assim, ganhou força em mim o espírito da dúvida, do agnosticismo. Ao mesmo tempo, o amor pela natureza, tão próxima a nós, que até me surpreendi. Como quando soube que as aves mascaradas e olhudas, que faziam companhia à harpia da Conselheiro eram murucututus. Imaginem: a maior coruja das Américas, em franca extinção, belíssima! mas vítima das nossas crenças primitivas, coitada. Rasga- Mortalha é Tyto-Alba, coruja de igreja, suindara, coruja-das-torres. No Flicker, minha id é Murucututu. Aqui no gmail, é suindara. Em homenagem a esses belos animais.