segunda-feira, 15 de junho de 2009

A ARTE NOSSA

edunazar disse...
Tem uma imagem que não me sai da cabeça: a do papai chegando em casa e eu, o Artur, a Fátima e não sei quem mais, correndo e pulando no bolso dele prá pegar as canetas bic's que ele trazia. Nos jogávamos no chão frio de madeira e aí, até papel de pão e jornal serviam prá gente se acabar de tanto desenhar. Lembro do Jorge desenhando e mastigando a língua. Eu queria sempre fazer o desenho maior e fazia os músculos dos desenhos os maiores que eu podia. Prá quem não podia jogar bola nem dentro nem fora de casa, as canetas bic's foram excelentes companheiras.
14 de Junho de 2009 18:53

Um comentário:

Artur Dias disse...

É... o papel de pão tinha uns dez centímetros de largura, o suficiente apenas para botar a mão sem tocar no pão. Se era um massa-grossa recém saído do forno, isso se tornava um problema, pela dificuldade em segurar com as mãozinhas de criança. Engraçado, não tinha essa de vergonha de expor, pelo menos o pão, na rua. Por muito tempo, usou-se papel tipo jornal.
Para desenhar, também eram valiosas as áreas brancas que ficavam nos cantos superiores da primeira página de O Liberal. Mais tarde, até essas áreas foram reduzidas e ocupadas por texto e imagens.