quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Anúncios chatos

Tirei todos os anúncios que ficavam aparecendo no blog.Eu pensei que ia ser o próximo milionário da internet fazendo propaganda no "Pirão de feijão", mas só enfeiou a tela e não ganhei nada! Na verdade só tinha um crédito de 3,70 dolares. Conforme contrato, só me pagariam quando atingisse 100 dolares, o que só ia acontecer daqui a 27 meses, pelas minhas contas.
Deixa prá lá!

PaintBrush


Padre Fábio

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Aniversário da mamãe


Dia 27, agora, domingo é o aniversário da dona Maria de Nazaré.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Outro Desenho

Este aqui se chamava "Reciprocidade"

Desenho


Este aqui se chama "Radículo", mas o servidor de internet do Salão deve ter deletado.

Desenho selecionado para o Salão de Humor


Este se chama "Soluções Para Enchentes", e foi inspirado na Mundurucus, mas poderia ser também a Padre Eutíquio, a Fernando Guilhon, Alcindo Cacela, Dr. Moraes, Timbiras, Pariquis, Caripunas... Seríamos uma "Veneza temporária". Que tal?

domingo, 20 de dezembro de 2009

É NATAL!

A chuva fina. O friozinho. Os presentes debaixo da rede no dia seguinte. A imagem das crianças brincando no dia seguinte nas ruas com brinquedos novinhos, ou às vezes seminovos; tudo isso me vem à mente junto com a mesma imagem descrita pelo Jorge num comentário: A do papai voltando prá casa naquele chuvisco de natal. Que saudade de um tempo hoje reproduzido
com nossos filhos. A cada novo abraço um pouco da melancolia vai embora de dentro de mim.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Salão de Humor

Amanhã, sábado 19, às 19:00h, no São José Liberto, será feita a abertura do 2º Salão de Humor da Amazônia, com a exposição de cartuns e charges de artistas do mundo inteiro. (Para saber mais, clique aqui) Retirado à força da minha letargia pelo Daniel, inscrevi três desenhos em preto-e-branco. O Daniel, 4. Acho que por falhas no servidor de internet do Salão, as pinturas do Daniel, em guache, não chegaram à caixa de email da Comissão Organizadora. Paciência. Acabei sabendo da minha escolha para participar do Salão por acaso, ao ler o jornal, dias depois.
A concorrência era em duas categorias: "Ecologia" e "Chuva". O desenho que passou é uma brincadeira com o aparentemente insolúvel problema das inundações em Belém, onde inventei uma parada de ônibus com dois tambores a modo de flutuador, nas laterais.
O resto agora é com a comissão julgadora.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Pra riba

Crônica da semana - Raimundo Sodré

Estive fazendo umas continhas aí. Classificando, restringindo, alargando, desconfiando, confirmando, descobrindo. Certifiquei-me, inconformado, que não conheço ninguém que mora em edifício. Verdade! Não contabilizo um único amigo que more nas alturas. Digo prédio mesmo, daqueles que dá pra ver a baía lá de cima (Natália Lins ou blocos geminados que permitem acesso somente por escadas, não vale. O que vale é elevador, mesmo que seja daqueles com portas pantográficas). O meu séquito limita-se aos que se viram ao rés-do-chão. É todo mundo habitante do térreo (alguns, é verdade, ‘terráqueos’ de esquinas chiquerérrimas tipo Doca...Quer dizer, não exatamente Doca, e nem, absolutamente, esquinas, mas perto. Aquele perto que já dá pra se incomodar com o som dos carros tunados, com o chiliquito de playboys amantes do tecnobrega baiano e com o mix de aroma floral de detergente nos fins de tarde).
E antes que eu desembeste no texto, vou explicar que diabos vem a ser ‘porta pantográfica’. Bom. É um tipo de porta de elevador que a gente encontra nos prédios mais antigos da cidade e que tem o formato de pantógrafo.
?? Aloô!
Se não ajudou, a explicação, é só lembrar a última vez que a gente se dignou a responder a uma ‘notificação extrajudicial’ e teve que se dirigir a um escritório de advocacia para limpar o nome por causa daquela continha que a gente ‘esqueceu’ de pagar, no natal passado (e que virou um contão impagável). No geral, estes escritórios instalam-se em salas precedidas pela

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

BLOG-BLOG DA ÁGUA NA BARRIGA

Deitado ao lado das minhas duas pequeninas molequinhas, duas noites atrás, escutei um barulhinho de água se mexendo na barriguinha de uma delas. Então, lembrei que, quando moleques desprovidos de vídeos games, mp-3 e outras high-tecnologies do gênero, o Zé (e sempre ele!) inventava de beber muita água e me convidava a fazer o mesmo antes de deitar. Depois, no quarto, em total silêncio (o que nem sempre era possível) disputávamos para ver qual a barriga que fazia mais barulho de água. Era um remexer de barriga para cá, um remexer de barriga para lá... Como a parede era de madeira, então, em geral, as escápulas faziam barulho também junto com o balançar das paredes... Claro! De vez em quando o papai ia ver que confusão era aquela e, quase sempre, toda noite, a gente acabava dormindo depois de levar umas sandaliadas. O Zé, sempre o mais capeta, se protegia colocando o seu lençol dobrado sobre a bunda para amortecer as sandaliadas, enquanto eu, sempre o mais pateta, levava o farelo... É o seu Dias não refrescava mesmo!

sábado, 12 de dezembro de 2009

É Natal, é Natal...


Quem nunca ouviu aquele plim plim plim da musiquinha de natal tocada na harpa? É impossível não conhecer esse som. Prá alguns pode soar chato, mas prá mim é uma viagem no túnel do tempo. Se aqui não tem neve, tem essa música prá assinalar a chegada da época de natal.
Lembro das noites vesperas de natal, sempre chovia.E lá ia seu Dias, por baixo de chuva, nos últimos momentos, buscar "lá embaixo"( que era como se dizia para designar o bairro comercial) os presentes da gurizada. Bonecas de plástico ôco, raquetes de tênis, carrinhos coloridos, estojos de mágica, caixas de experiências, quebra cabeças.
Lembro de ter acordado no Dia de Natal e encontrado embaixo da rede uma caixa de papelão escrito"O pequeno químico". Tinha um monte de experiências bacanas, mas a melhor, a melhor mesmo era uma chamada "sangue do diabo"(hehehehehehehehe). A gente misturava dois líquidos transparentes que viravam uma tinta carmim forte. Dai se colocava dentro de um frasco de desodorante usado e eu sai espirrando na roupa branca dos desavisados, causando uma mancha. A pessoa ficava irada, mas dai a poucos segundos, após a rápida evaporação a cor sumia.Era só o susto.
Certa vez o papai me deu um quebra cabeça, daqueles que tem 9 quadradinhos que correm em várias direções em uma moldura. Era uma figura do Mickey. Ele  acreditava que eu era muito inteligente e logo montaria o brinquedo. Que nada. Fiquei todo embananado. e logo deixei o brinquedo chato de lado. Eu não sabia que ele também tinha dado um pro Ronaldo, nosso primo (que era um protegido do papai, visto a tia Jesus ser separada do marido)que morava ao lado. A decepção do papai foi que o Ronaldo montou o quebra-cabeça primeiro que eu. E só depois de alguns dias foi que eu consegui.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Crônica da semana - Raimundo Sodré

Índios


Éraste, parece uma coisa. Olha essa: tava aqui, ante um teclado silencioso, tentando iniciar uma crônica...
Aí fui buscar um dia, lá em Altamira quando Antônio, todo satisfeito, mostrou uma música do Renato Russo. E não é que a música tocou agorinha, no rádio. Parece que a providência guiou o programador musical para que a lembrança do Toninho viesse para mim, mais pura, mais verdadeiramente agradável, embora intolerantemente saudosa.
A música que toca agora é “Índios”, gravada pela banda Legião Urbana no álbum “Dois”, em 1986.
O antropólogo Antônio Pereira Neto chefiava a Administração Regional da Funai, em Altamira, quando o conheci. Nos encontramos de verdade, mesmo, em Altamira, mas tínhamos um quê de andarilhos, de trecheiros, que nos aproximava os espíritos. E foi assim permeada de encontros reais e virtuais por estes rincões amazônicos, que a nossa amizade aconteceu objetiva e sincera.
Soube do Toninho, pela primeira vez, lá no oeste do Brasil. Ele trabalhava no Acre e eu, em Rondônia. A seguir, vim para Altamira e o Toninho já estava lá na Funai. Ali, entabulamos as nossas conversas mais espirituosas e partilhamos amizades grandiosas. Nesse período ocorreu aquela cena por tudo edificante, em que o Toninho cantou, ao violão, a canção do Renato Russo. Tantas emoções. Histórias de perseguição política, do redimensionamento da prática indigenista, do confinamento e do desaparecimento pelos ermos da floresta construindo um conceito de aproximação e contato com os índios. Quantos gritos guerreiros se traduziam e se reproduziam ali na voz do Toninho, naquela noite, às margens do Xingu. Naquele momento a vida grandiosa do

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fé e Agradecimento


Olá ,minha família! Estou emocionada por ter recebido tantas mensagens de força ,energia positiva ,orações.
Obrigada ,Nen,pelo São Galvão e por teres ficado comigo até o momento em que o Drigo entrou na UTI.Valeu,Guilherme,que me levou junto com o Cássio,tamanha madrugada para Val-de-Cães.
Quero afirmar que a FÉ em DEUS acalma ,anima,dá esperança e direção.Sei que aqueles que não puderam ir ao hospital,estavam em pensamento comigo,rezando pela saúde do Rodrigo.Rodrigo...tão amado...
Rezo pela saúde de toda a nossa família e que possamos aproveitar cada momento juntos durante muitos anos.
Amo todos vocês e dou graças a Deus por fazer parte da família AMORIM DIAS.
Deixo uma mensagem que anuncia tudo o que fazemos uns pelos outros:

HUMANO AMOR DE DEUS
(FÁBIO DE MELO)

TENS O DOM DE VER ESTRADAS ONDE EU VEJO O FIM
ME CONVENCES QUANDO FALAS:NÃO É BEM ASSIM
SE ME ESQUEÇO ,ME RECORDAS,SE NÃO SEI ME ENSINAS
E SE PERCO A DIREÇÃO ,VENS ME ENCONTRAR

TENS O DOM DE OUVIR SEGREDOS MESMO SE ME CALO
E SE FALO ME ESCUTAS ,QUERES COMPREENDER
SE PELA FORÇA DA DISTÂNCIA ,TU TE AUSENTAS
PELO PODER QUE HÁ NA SAUDADE ,VOLTARÁS!

QUANDO A SOLIDÃO DOEU EM MIM
QUANDO O MEU PASSADO NÃO PASSOU POR MIM
QUANDO EU NÃO SOUBE COMPREENDER A VIDA
TU VIESTE COMPREENDER POR MIM
QUANDO OS MEUS OLHOS NÃO PODIAM VER
TUA MÃO SEGURA ME AJUDOU A ANDAR
QUANDO EU NÃO TINHA MAIS AMOR NO PEITO
TEU AMOR ME AJUDOU A AMAR

QUANDO OS MEUS SONHOS VI DESMORONAR
ME TROUXESTE OUTROS PRA RECOMEÇAR
QUANDO ESQUECI QUE ERA ALGUÉM NA VIDA
TEU AMOR VEIO ME RELEMBRAR

QUE DEUS ME AMA ,QUE NÃO ESTOU SÓ
QUE DEUS CUIDA DE MIM
QUANDO FALA PELA TUA VOZ E ME DIZ:CORAGEM!
CORAGEM!

Enviado pela Fátima
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

PREDADOR




Crônica da semana - Raimundo Sodré



Escreva uma carta, meu amor


Tava a fim de um teretetê de pé de ouvido com uma amiga. Umas informações, umas fofocas, uns lamentos. Anunciei a intenção por telefone. Ela de prima sugeriu: “porque não contas por carta? Acho tão legal receber carta. Tão respeitoso. Me sinto importante. Encontrável. Divago até mesmo em rasantes filosóficos. Ora, eu recebo cartas, logo, eu existo.”
Reconheço que existam pessoas especiais que mereçam efemérides personalizadas, datadas, e carimbadas, escritas em papel leve e macio. Eu acho muito bacana, também, receber cartas.
Acontece que para quem escreve, do cabeçalho até o carimbo do correio, a epístola é uma aventura voluntariosa. Remeter uma carta é uma intenção cega, surda e muda, concebendo momentos de realizações nobres como rabiscar um papel.
É de bom tom, que a carta seja escrita a mão. Assim a gente é reconhecido. A letra de próprio punho é a nossa identidade. O nosso estado de espírito. Exprime a nossa saudade nos parágrafos iniciais, quando a tinta desliza singela sobre a seda disponível. Nos parágrafos intermediários, é ansiosa e cambaleante revelando incertezas e pecados na coordenação motora. No final das contas, a tinta é um borrão só decifrável com preciosa boa vontade, dizendo do nosso cansaço e do desejo de desabar na cama. Enfim, uma carta escrita a mão, como deve ser, nos traz do passado o nome da palavra escrita e um adjetivo realista para ela: a minha caligrafia é tão feia (ou numa versão ginasiana, “égua do garrancho, moleque”).
Não tem problema. O que interessa é que a amiga receba umas linhas, no caso, umas mal traçadas linhas. E a gente se adianta na missiva. E ponto final, acabou o mingau. A gente data e assina. Mas o sofrimento só está começando.
O envelope eu sei, eu sei. A gente tem certeza que tem um envelope guardado por aí exatamente para essas ocasiões. Ali, na gaveta. Numa daquelas pastas em cima do guarda-roupa. No armário, pr’os meninos não pegarem? É fatal, a gente sabe que tem um envelope em casa, mas quando precisa, nunca acha. No quinto dia de buscas, a gente desiste, e num misto de revolta e preguiça, vai até a papelaria e compra uns dez envelopes. Um, para o uso imediato. Os outros, desaparecerão, por certo.
A carta está pronta. Novidades mis. Fofocas desconcertantes, lamentos consoláveis. Envelopada e cola... Não, a gente não organiza mais brigada de buscas nenhuma em favor da cola. Vai até a cozinha, avança na panela de arroz, esmigalha uns quantos grãos entre os dedos nervosos e com aquela massa do cereal recém cozido, lambregalha as bordas do envelope. Pronto, está colada.
Monta na bike e se manda para o correio. Caramba! Não sei o que acontece, mas por mais tarde que a gente chegue, pela manhã, a agência ainda não abriu, ou por mais cedo que a gente vá, à tarde, a agência já fechou. O horário deles nunca combina com o da gente. E tanta coisa pra cuidar! Enfim, a gente faz campana e consegue conciliar um instantinho. O moço pesa a nossa carta tão levinha e anuncia o preço. A gente estica o Real até ele, e ele fulminante denuncia a falta de troco. Ah! Que vontade de brigar, de evocar o nosso direito de consumidor, mas que nada, não podemos perder esta chance, o lugar na fila, olha o horário! A gente cata as moedinhas. E ufa! Despacha a carta.
A amiga, a partir daquele momento, já pode esperar o carteiro chegar e gritar o seu nome, do portão e mesmo sabendo “quanta verdade tristonha ou mentira risonha, uma carta nos traz”, verá no subscrito a minha caligrafia e se entusiasmará com meu esforço em chegar até ali.
Mas aí, ainda tem aquele lance de extravio, né.