sexta-feira, 12 de junho de 2009

A oficina do riso.


Tinha umas horas na oficina do papai que parecia que todos os rádios e televisões já estavam consertados e ai então o papai e o Inácio e quem estivesse por lá começava a sessão de piadas. Tá! Deixa estar!! Zé Maria, moleque, queria se enturmar, ser gente grande também. Lá fui eu, depois da aula, tentar decorar uma estória que tinha no meu livro de português(uma estórinha sobre uma onça marota que se fingia de morta prá comer os animais da floresta)Muleque! Eu ria sozinho da tal onça. Pois bem. Lá estamos nós , naquela hora da piada. Piada de português prá lá, piada de papagaio prá cá(tudo bem, que eu às vezes não entendia )E eu refazendo mentalmente a minha piada na cabeça. Agora eu conto...agora eu conto...Pá! surgiu a brecha e eu: - A onça blá, blá, blá, blá , blá...Pronto terminei a piada!(cri...cri...cri...)Silêncio...Todo mundo aproveitou prá me sacanear.-Terminou a piada???Faz cosquinha aqui!

Claro que ninguém quis rir da minha piadinha. Foram rir, depois foi de mim. Pô! Quase eu fico traumatizado.

Um comentário:

Eduardo Dias disse...

Essa oficina tinha história. Me lembro de um cliente do papai que tava de pé no balcão esperando ele fechar o rádio dele prá poder ir embora. O papai disse que ia levar depois prá ele, mas o cara afobado disse que queria esperar. O papai todo paciente enrolava o fio nas polias do dial-up do rádio e quando ia fechar o fio saía. Foi umas 05 vezes que o papai tentou fazer até finalmente conseguir e quando ele olhou pro freguês, esse tava ficando amarelo, verde, azul, sei lá de que cor todo nervoso. Aí o papai mandou ele sentar e deu uma água prá ele que depois de uma meia hora já recuperado falou: " Pô, seu Dias, não sei como o senhor tem tanta paciência de estar colocando esse fio toda hora..." Eu já ia tendo um treco aqui de tanto ver esse negócio sair e o senhor colocar de novo. Esse nosso véio era paciente.
Outra vez um militar que achava o papai legal e que morava no prédio da frente da oficina na Pe. Eutíquio desafiou o papai a descobrir como abria um canivete de aço inox em formato de caneta que ele tinha. O véio teledias pensou, analisou, calculou e de repente meteu a unha que ele conservava comprida no dedo mindinho, no meio do canivete e o fechou. O cliente ficou admirado e deu o canivete pro papai com toda a felicidade do mundo de quem estava premiando alguém muito inteligente.