quarta-feira, 30 de setembro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Manhãs de setembro - Crônica da semana-Raimundo Sodré
Setembro é um mês ‘simpatiquerérrimo’. Pra começar, sucede o misterioso, quente e esfumaçado agosto; e antecede o abençoado e confiante outubro da Virgem Mãe Amorosa. É o mês que marca o início da Primavera que, penso eu, antes de ser um evento astronômico longínquo e silencioso, é um sentimento (peraí...vou dar uma olhadinha na minha roseira pra ver se ela me mostra algum florão risonho e límpido brotando). É um período meio convulsivo, reconheço (porque desencadeia chiliquitos naturais que, para nós, se mostram como as temidas chuvas de verão, trovões, relampejos e plúmbeos fins de tarde), mas de um destempero passageiro. No geral, as manhãs de setembro são coloridas como se houvessem juncadas de flores.
Essa atmosfera inspira alguns sentimentos nobres. A urbanidade ganha espaço.
Enquanto escrevo esta crônica, nesta terça, a Primavera prepara sua reestréia (acontece logo mais às 21:18h) e o mundo comemora a “Dia Mundial Sem Carro”.
O dia 22 de setembro marca o encerramento de uma campanha liderada pelo Geenpeace que prega uma ‘Semana de Mobilização Pelo Clima’.
A campanha se desenvolve com temáticas diversas: “Vacas nas ruas” (que lança mão de ativistas fantasiados de vaquinhas), trata da questão da produção pecuária e das suas implicações (a dita flatulência do gado, também) para o clima;”; “Limpeza de praia”, que para os amantes de Algodoal, como a artista plástica Cristal Tobias e o engenheiro Luiz Borella, é uma luta diária; “Ativista solar”, uma proposta para o uso da energia do sol; “Dia mundial sem carro”, titânica missão de tirar uma pá de motores das ruas e “Faça barulho pelo clima”, uma explosão midiática em favor do planeta.
A amiga Ghislayne Cunha me mandou uma mensagem, na semana passada, informando sobre a programação e os temas da campanha. Às intenções, me integrei imediatamente. Abracei todas as causas: nada de carro (só ando de bike, e quando não, experimento o calor humano às 6 e meia da matina no UFPA-Pedreira). Agora, em pleno meio-dia, aproveito o máximo do sol equinocial e sem nenhuma lâmpada da casa acesa, cato milhos só com a claridade que fulgura das frestas da veneziana que se abrem ao pegado do meu computador. E de tardinha, armado com minha sacola ecológica, vou até o Caripi, catar a bagulhada que me for possível (que por certo está largada à margem do rio Pará).
Confesso que para a questão dos rebanhos bovinos, não me animei muito. Creio que por uma aversão natural aos gases das reses do Brasil, e também, porque sou urbano, me faltam subsídios, vivência campesina e, sei lá, não fico muito bem fantasiado de vaquinha. Também me esquivei do barulho pelo clima. Sabe, não gostei da ‘imagem’ do barulho. Não acho que um protesto com fins ecológicos, tenha que vir subsidiado pela desordem sonora, que, por si já representa um dos mais nocivos tipos de poluição (e quem viveu uma quinta-feira como eu vivi a passada, com a afogueada águia eletrônica estremecendo as paredes da minha casa com o seu irritante tecnosom baiano, sabe bem o que quer dizer agressão ao sono, aos ouvidos, ao meio-ambiente, à lucidez, à cidadania e à paciência...). Aliás, dia desses, me meti numa passeata ecológica, num domingo, pela Presidente Vargas, cedo, ali pelas nove e poucas da madrugada, que contava com um DJ pra lá de espevitado que, aos berros, tentava convencer o pessoal das redondezas a participar da caminhada. Imagino o humor da galera, acordando com aquela estimulante exortação.
Apesar das contradições, não há motivos para desanimar. Vamos tentar curtir as manhãs do ‘simpatiquerérrimo’ setembro até o finzinho.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Medalhinha
- Não, obrigado!
- Mas é a medalha de Nossa Senhora, abençoada pelo Papa!!
- Obrigado, não quero!
- Você não é católico?
- Era, não sou mais! E a Constituição me garante esse direito.
- Vocês vão tudo pro inferno!!
Depois dessa, eu já comecei a boçalizar. Que coisa, essa onda dos católicos de adotarem essas práticas fundamentalistas para vender o peixe deles!
Fuçando o blog alheio
domingo, 27 de setembro de 2009
Vós sois o lirio mimoso...
Ei, Jorge, não esquece de ir cumprir tua promessa e ir acompanhar o Círio !
NOSSA SENHORA!
sábado, 26 de setembro de 2009
Ave Maria!
Aconteceu de outro dia, de eu vir atravessando aquela rua da Igreja da Trindade, que eu me esqueço o nome, e, justamente quando consegui pisar a calçada da Igreja, uma velhinha com a cara da vovó do PiuPiu, veio rindo na minha direção a estender a mão com uma medalhinha. E ato contínuo foi logo me condecorando com a dita medalha. Como eu estava meio apressado, sorri e agradeci ao mesmo tempo que dava umas passadas bem largas. A velinha se rebarbou. E colocando a mãozinha engelhada em concha foi logo dizendo:-É dois reais moço, dois reais! Surprêso e decepcionado, por ter imaginado que aquilo era um mimo prá mim, catei umas moedas no bolso e achei lá uns R$1,30 , os quais entreguei à bondosa anciã. Ai, ela veio e retirou a medalha, que era de 2 reais e me deu uma menorzinha( que é essa aqui que eu achei agora), dizendo que aquela sim, é que era a de 1 real.
Sai andando, meio tonto pela agilidade daquela senhora. Mas não sem, de vez em quando, olhar prá tráz e vê-la de novo a abordar outros passantes distraídos, pegos de surpresa pela cândida devota.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Quem nunca pegou um papelzinho encardido...
Tinha neguinho que ficava com medo de não pegar e levar uma praga braba da vidente. Uuêêra!!!!
Do que a terra, margarida-Crônica da semana-Raimundo Sodré
A trajetória musical de Vanusa data da Jovem Guarda. Começou a cantar em meados da década de 1960. Com seus cabelos loiros jogados sobre os olhos (o que, segundo a minha mãe, provocava uma irreversível constipação na vias respiratórias, e isso era o que explicava aquele timbre anasalado na voz da cantora), conquistou fãs e apaixonados no mundo do iê-iê-iê. Mas não só neste mundo. A voz educada e de animada sensualidade permitiram-lhe outros ritmos além das modas e ela se consagrou como umas das grandes cantoras do Brasil. Subvertendo conceitos, foi finalista do Festival da MPB de 1969 com a ousadíssima “Comunicação”, de Edson Alencar e Hélio Gonçalves Mateus e cunhou sua marca em canções eternas como “Paralelas” do (este também, recentemente, exibidíssimo nos vídeos da internet) Belchior. E foi além: consolidou a carreira com sucessos autorais como “Manhãs de setembro”, em parceria com Mário Campana.
Uma vencedora (e por causa da influência da cantora, quantas jovens senhoras temos hoje pelas ruas do país respondendo pelo nome de Vanusa). Uma cantora de reconhecidos méritos. É certo que foi interceptada (mas não totalmente vencida) pela modernidade e por uma profusão de mediocridades, assombros e arremedos sonoros que dominam o país.
Pelo agradável e afinado legado, a cantora tem muito crédito comigo (e porque também me apaixonei por ela). Por isso, vou relevar e esquecer a história do hino. E, sabe, quem nunca errou um isso ou um aquilo do hino? Aquela parte da margarida, então: “do que a terra, ‘margarida’...” é um pecado que muitos de nós carregamos. Olha lá...E aquele silenciosinho depois do estribilho, quando ninguém sabe se o verso seguinte é “Deitado eternamente...” ou “Brasil, de amor eterno...”. Olha lá a sinceridade na autocrítica!
Por essas e outras, é que perdoo a Vanusa, e aceito que a culpa dos transtornos, dos lapsos e das releituras poéticas, foi dos remedinhos, mesmo.
Os ritmos e as manhãs de setembro nos trazem, porém, muito além do que as (risonhas e límpidas) pixotadas impatrióticas da Vanusa.
A manhã do dia 11 de setembro nos alertou para a intrigante chegada, pelas mãos criadoras de Guimarães Rosa, de Diadorim: “Da matriz de Itacambira, onde tem tantos mortos enterrados. Lá ela foi levada à pia. Lá registrada, assim. Em um 11 de setembro da éra de 1800 e tantos... O senhor lê. De Maria Deodorina da Fé Bettancourt Marins – que nasceu para o dever de guerrear e nunca ter medo, e mais para muito amar, sem gozo de amor...”.
E o “sol da liberdade em raios fúlgidos” brilhará na próxima terça-feira, dia 22, exatamente sobre a linha do Equador marcando o Equinócio e trazendo a Primavera (e os pampeiros de verão) para a porção meridional do planeta. A estação das flores, tão incompreendida entre nós, mas que se anuncia recarregando de límpidas folhas, a samaumeira da Bernardo Sayão; desprendendo as primeiras mangas dos galhos carregados e desenhando um inspirado cenário como este descrito pelos versos de Tatiana Veríssimo: “O jambeiro/tece na frente da minha casa/um tapete cor-de-rosa...”.
A caixinha de globs-globs, a história maldita.
Foi o amigo nosso , o famoso Augusto que me contou essa historinha mais quando ele ia me dizer o final , começou a tossir e se engasgar misteriosamente e foi parar no hospital, no porão da santa casa de onde ninguém mais o viu.
Acho que o legal mesmo é a gente não saber o que é a tal caixinha, senão perde a graça.
Dizem que ele, o Augusto, vagava de noite por trás do cemitério da Soledade(claro, ele era guarda noturno!).Uma coruja gigante era sua companheira sombria...
sábado, 19 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Velha Estrada Nova
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
"REZA UM PAI NOSSO, REZA UMA AVE MARIA, QUEBRA PRUM LADO QUEBRA PRU OTRO"
domingo, 13 de setembro de 2009
Jorge: de ajudante de pajé a físico.
MEU COLEGA BENZIA TAMBÉM!!!
sábado, 12 de setembro de 2009
MELEQUINHA CONTRA QUEBRANTO
DONA IZAURA
DIZQUE NÃO, FOI VERDADE E EU VI!!!
Pirão esotérico-Reza prá tirar quebranto
Deus te criou
Deus te livre
De quem para ti mal olhou.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
Virgem do Pranto,
Tirai este quebranto.”
Dizer a oração 3 vezes.
Das rezadeiras
Mistério eram as palavras meio que assoviadas compondo a reza.
Tinha umas ondas de pegar um lenço medir do cotovelo até o mindinho, depois rezava-se e em seguida , não me recordo bem, a pagé pegava o pano e media de um ombro ao outro, sei lá prá que.
Eu soube depois, que a tia Jesus andava dando uma de benzedeira lá pelos cantos do Julia Seffer. Vê se pode!!! Ela não sabia nem o Pai Nosso. E olha disque o pessoal acreditava nela!!
Velho Companheiro
Quero lembrar que dia 18, agora é aniversário da Mone e 27, do Anderson. Não esqueçam daquela "musiquinha".
Nosso velho pai se foi e está muito bem. Para os que não acreditam ou que acreditam é uma boa notícia. Ficamos nós aqui lutando, no sentido de nos tornarmos melhores. Não basta sermos considerados "intelectuais", os "caras" se vivermos infelizes. Tenhamos como exemplo o nosso Velho Pai que deu de si de uma forma maravilhosa. Peguemos as melhores demonstrações de nobreza, de cavalheirismo, de alegria e de visão de futuro que ele nos legou. Mãe, deixe pra lá os erros dele que lhe deixaram irritada um dia. Manos, nossa família cresceu mas o amor que une a todos se tornou maior! Esqueçamos a época em que brigávamos, em que víamos somente o nosso lado. A vida já provou que isso é insignificante. O "status", as convenções sociais... tudo isso não é nada diante do magnífico milagre da vida.
Eu, o Artur, a Nem e (eu acho) a Fátima estivemos junto com nosso pai até o último momento. Antes de morrer, olhou para o retrato de Cristo, próximo da sua rede, e os cerrou suavemente, talvez ele tivesse dito "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito"... E concluiu sua missão de grande homem aqui na terra.
A matéria terminou, mas a energia continua viva! Nosso pai ainda está vivo e está presente agora, enquanto escrevo e me emociono...
Pai, nós te amamos.
Um forte abraço.
Dona Mariquinha a Benzedeira
A dona Mariquinha era a benzedeira que morava ao lado da casa do 'seu' Moraes em uma casa de madeira branca, com porta e janela verdes, uma casa até bonita, um terreno bem grande, tinha uma castanheira enorme na frente da casa dela e um muro baixo.
Pequena, franzina, com cara de ter uns cento e poucos anos, meio curvada, andava devagar com as mãos no bolso, e andava, andava muito, chegava a andar quase metade de Belém a pé, isso segundo o 'seu' Moraes que de vez enquando encontrava a dita em algum canto da cidade.
A mamãe tinha por ela, assim como muita gente, grande respeito, que ao meu ver parecia mais um certo medo, ela dizia que não deveríamos brincar na castanheira em frente a sua casa, o que fazia passar pela minha cabeça que ela seria algum tipo de feiticeira que poderia nos transformar em ratos, porcos, babuínos (assisti muito filmes do Sindbá) devido ao barulho da molecada na árvore, a mamãe criava essa visão mística em torno da dona Mariquinha.
Devota de São Jorge, fazia sempre aquela festa no dia do padroeiro, fui só uma vez nesta festa, me lembro do mingau de milho e bolo de macaxeira, uma delicia.
Muitas pessoas iam em busca da velha benzedeira, pessoas pobres e ricas, sempre precisavam dela, e ela sempre disponível a todos, por isso ela era tão querida e respeitada por todos.
Pajés e benzedeiras
O seu Celino, meu sogro, me contou que ele, moleque ainda, deu um jeito no pé jogando bola e teve que ser atendido pelo pajé lá do setor dele. Chegando lá, o seu Miriquito(digamos que seja esse o nome do rezador) mandou ele se acomodar num banco ao mesmo tempo que tirava do bolso um vidrinho do milagroso azeite de andiroba. Seu Miriquito untou as mãos e começou no lenga-lenga, massageando levemente e conversando mole falou que aparecia cobra de vez em quando no terreno dele( e seu Celino moleque ouvindo) e blá, blá, blá e disse que uma vez até apareceu uma das grandes que deu um susto nele. E apontando, bem no modo dos cablocos daqui, com o beiço numa direção: -Foi bem ali que a danada 'tava...Seu Celino virou a cabeça , curioso, prá olhar pra pernamanca do telhado, seu Miriquito aproveitando o momento de distração do paciente e...TRÓK !!! Deu aquela torcida "federal" no pé escangalhado.
Nesses momentos o "cabôco" ia e voltava na lua.(UI!)
Seu Sabazinho e vovó Cocota-Crônica da semana-Raimundo Sodré
(Era bater e ver, embora até hoje eu não entenda muito bem o que seja espinhela, não saiba a sua exata localização e não ouse especular sobre o seu real status anatômico. Sei apenas que dor no peito e falta de respiração eram sintomas do descaminho malsão da espinhela e que parte da cura vinha, também, do poderoso emplasto Sabiá, todo furadinho).
Certa vez, num dos meus atrevimentos pelos campos do Areal, peguei um cacete dum moleque que rebolei lá longe, dentro de uma lagoinha que tinha até peixinho. E quede que eu me levantei. Não voltei mais pro jogo. Do meu pé vinha um zunido dizendo não (é verdade, nessas horas a gente não sente dor. Ocorre uma espécie de arrebatamento, a cabeça fica longe e a gente só percebe aquela ondinha circulando o nosso enfastiado mundo. O que nos cabe é aquele embaraço sonoro que se assemelha ao barulho que vem do poste de energia, ali, perto do transformador. Um longínquo, esquisito e eletrizado zuuumm).
Voltei caxingando para casa e no outro dia fui bater com o Seu Sabazinho. O pé, por acolá, bem inchado e dolorido.
Sentei num banquinho e esperei apreensivo pelo rezador. Quando ele apareceu, trazia na mão um ramo de Vassourinha e uma combuquinha sortida de um óleo acetinado. Untou as mãos e iniciou uma ladainha numa frequência tal que não podia ser percebida pelo ouvido humano (desde então, alimento a vã missão de decifrar aqueles dizeres. Percorri mundos atrás de alguém que me reproduzisse, pelo menos em parte, as orações que são proferidas pelos benzedores. Sem sucesso. Ninguém abre. O dom da benzeção é uma herança guardada a sete chaves e ninguém dá um pio sobre este ou aquele versículo. O que é garantido é que o Pai Nosso não falta, sempre tem e depois, é um Bzzzzzz baixinho e misterioso).
Em poucas ocasiões da minha vida, senti tanta dor. Naquele dia, acho que Seu Sabazinho não estava inspirado. Havia um momento desolador, aquele em que ele imprimia toda a sua fé. Dispensava o raminho (que era o meu alento, que protagonizava os melhores momentos da sessão) e lançava as mãos vigorosas sobre o nervinho inflamado do meu tornozelo. E apertava, e espremia e esticava, e comprimia...E a dor vinha terrível e diretamente proporcional ao fervor de um Sabazinho estranhamente excitado (quanto mais ele se elevava aos céus, mais eu via estrelas). Mas quando saí de lá, caminhei aliviado o estirão de pontes que desenhava a baixada da Pedreira.
As rezas e benzeções não se limitam aos males físicos produzidos por encontrões deseducados nas peladas do subúrbio. Estendem-se aos males da alma. Meus pequenos, quando quedavam-se ao mau-olhado, era rapidola que a gente procurava a vovó Cocota da Passagem Bom Jesus. Não havia esmorecimento ou panemice que vingasse ante o raminho de Arruda e das silenciosas preces da vozinha. Houve, uma vez, d’eu executar uma prescrição da vovó Cocota que me fez garimpar até uma fé adicional (porque duvidei da receita). Tive que passar meu menino pelo meio das pernas de frente para uma porta. Passava de um lado, despassava do outro. Foram umas quantas sessões desta desobriga para que o menino desamofinasse. Tava o puro quebranto, o pequeno. Mas, sarou.
Agora, a história é diferente. Por qualquer coisinha os meninos recorrem à medicina tradicional e, em alguns casos de entristecimento, até à orientação psicológica.
Antes, os bons benzedeiros eram a nossa valência. A nossa salvação.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Comentário do meu amigo Nonato
Olá Zé Maria.
Olá família Amorim Dias.
Muito legal o Blog. Felizmente conheço a maioria dos modelos fotográficos que posaram para esta amostra, o que me tormou familiarizado com o ambiente.
Um grande abraço a todos, muito sucesso e felicidade.
As transformações por que tem passado a instituição familiar nas últimas décadas, transformou a família tradicional em artigo de luxo e preservá-la é a quase certeza de que as gerações futuras terão à disposição maiores chances de resguardar os valores que poderão torná-los pessoas de bem.
Face à desagregação familiar oriunda da estupidez dominante da modernidade, essa é uma fórmula antiga, um antídoto poderoso... mesmo que um "tralhoto" esteja espreitando à beira do rio.
11 de Setembro de 2009 10:15
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
FOTOGRAFIAS
SOBRE "21 ANOS" PUBLICADO PELA FÁTIMA
SOBRE " 21 ANOS" PUBLICADO PELO ARTUR
Fico feliz pois embora nosso pai não tenha constituído patrimônio financeiro, soube construir junto com a mamãe, homens e mulheres de um enorme valor, valor este conferido por mim em cada um dos momentos da minha vida embora não nos falemos diariamente. Somos nós esse legado de valor que vamos eternizar a obra do nosso grande pai e da nossa grande mãe.
Pai, sua benção! Durma com Deus! Mãe te amo!
RESTAURAR A FOTO
RELICÁRIO...
NÃO IMAGINAVA QUE ESSAS FOTOS AINDA EXISTISSEM. VEJAM COMO EU SOU LINDINHO COM O BRAÇO QUEIMADO DE LEITE QUENTE....
DOMINGO DEPOIS DA MISSA
A GRANDE FAMÍLIA

quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Dias de Paz
Parabéns,parabéns, parabéns. Queremos mais vezes tua intervenção aqui no Pirão.
21 Anos
De fato, o nosso astral era muito ruim. O processo de adoecimento não fica restrito ao paciente: se estende à família, dos pequenos aos grandes. Era a minha passagem para a vida adulta, na forma mais dolorosa possível. Sem querer reconhecer o fato inevitável da morte cada vez mais próxima, ficávamos tensos, buscando confortá-lo. O que mais se podia fazer, se o próprio médico já tinha sentenciado para a mamãe:
- Leve seu marido para morrer em casa...
Então, lembro com orgulho, o grande número de pessoas que veio à sua missa de corpo presente, e na manhã seguinte, a pedido do Miguelão, a oração da multidão de crianças, junto ao corpo, antes da missa das crianças, como um coro de anjos caboclos, um bocado deles mirradinho e queimado de sol... E por fim, o enorme cortejo que se formou, com carros, até o cemitério. Parecia enterro de figurão, pensei. Ele teve uma homenagem à altura. Afinal, muitos se surpreendiam com a bravura de alguém que não tinha perdido um filho sequer, para a fome, a doença, o crime.
Ele fez falta. Porque muitas e muitas vezes depois, tive o impulso de abraçá-lo e só tinha um vazio diante de mim. Porque chegava da rua e queria perguntar por ele. Até se viesse me esculachar eu ficaria contente...
O edifício da vida continuou a se erguido, depois que ele se foi. Ficamos com a dor, mas como disse Adélia Prado, a dor não é o mesmo que amargura. E passa.
Só em Belém tem disso!!! Não sei se choro ou rio.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
DIAS de chuva são véspera de tempo bom
Com uma licença poética,através de poema do Beto Guedes ,quero homenageá-lo
DIAS de paz
Olho e vejo cinza a cor do céu,
porém sei de cor a cor do azul.
DIAS de chuva são véspera de tempo bom,
cai a chuva e chama o verão.
E eu já aprendi cada som
que forma sua canção.Você se foi,deixou marcas no meu coração
e bom mesmo é ter você bem perto ,
mesmo que distante,
fazer voltar os bons momentos e
celebrar tudo o que deu certo.
Agora DIAS de sol
ao meu redor,
é você a mais bela estrela no céu do criador
irradiando tanto amor.
E eu assim que sou tão só,
quero esse sol ao meu redor.
Tenho a sua voz no coração.
DIAS assim ,com direção.
DIAS assim,DIAS de paz!
DIAS de sol ao meu redor.
Quero a canção no coração
DIAS de luz,DIAS de paz,
no céu sem fim,que é todo azul,
que é todo seu,DIAS,meu pai,
que é nosso pai,DIAS de paz!
Com isso quero dizer:-JOSÉ DIAS PARA TODO SEMPRE!
BEIJOS AOS MEUS IRMÃOS QUE SÃO ,ASSIM COMO EU, PARTE BOA DO SENHOR JOSÉ DIAS.
FÁTIMA DIAS
8 de Setembro de 2009 18:52
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
VAMOS CRIAR UM BOATO???
O que vocês acham? Escolhemos pessoas que possuem uma necesssidade enorme de falar -Fofoqueiros (as)- falamos o boato esperamos o resultado disso. Mas lembrem-se que não podemos falar nos boatos pela internet senão vamos ser desmascarados facilmente.
kkkkkkkkkk.
O Casal colado pelas partes.
Crônica da semana-Raimundo Sodré
Há várias versões para a história. Eu conheço duas. A opção por uma ou por outra, dependia do tipo de ‘mal-criação’ que eu fazia para a mamãe.
uma diz que o menino, por mostrar a língua pra mãe, saiu do ar, ficou durinho da silva, pra sempre, com a língua estendida a mais de palmo, além da boca. A outra é a da vassoura. O menino teria levantado a vassoura Alvorada, contra a mãe e...puft! Virou ‘estalta’ de carne e osso. As duas me impressionam.
Em ambos os casos, o mesmo desfecho: o menino mal’ouvido, mumificado, foi confinado atrás da porta da Sé. Dali, morto em pé, jamais sairá e a sua história será contada a qualquer tempo para servir de exemplo aos moleques mais saidinhos.
Eu conto esta história pros meus meninos e advirto: “olha, não dá a língua pra mãe, não faz menção de bater no pai, porque Papai do Céu ralha!” E eles nem ‘seu souza’. Não acreditam e esmeram-se nas peraltices.
Agora essa semana, calhou d’eu ter a oportunidade de pôr esta história em pratos limpos: estava a fim de dar uma volta pelo complexo Feliz Lusitânia, mas como não tinha o numerário para o roteiro completo que inclui o prédio do antigo arcebispado e do Ipar e ainda a igreja de Santo Alexandre, atravessei e fui a um ansiado reencontro com a Catedral reformada e formosíssima.
Estava meio tenso, admito. Volteei pelo interior do templo tentando assimilar as belezas da construção medieval. Tentando relaxar. Procurando disfarçar o real motivo daquela visita.
Na saída, estanquei à porta. O coração no peito “tucotucotuco”, acelerado, acreditando que no vão entre a pesada porta e a parede fria da igreja, sutilmente ocultado por um detalhe arquitetônico, espreitava ereto, o espectro do menino mal-criado, com a língua esticada pra fora. O Menino da Catedral, entidade mítica e argumento poderosíssimo de minha mãe nas horas de me passar um pungente carão.
Aproximei-me da porta. Tomei fôlego, e num repente, desloquei a pesada peça de madeira... E tudo se fez em mistério (pois o insondável, o inexplicável, o segredo que floresce do imaginário popular... a lenda reluta em se revelar).
Não sei, exatamente, o que aconteceu comigo naquele instante. Só sei que, quando dei por mim, havia um funcionário da igreja me amparando e me ajudando a levantar do banco. Estava meio alerdado e um suor frio brotava generoso da palma das minhas mãos e das frontes. “Está tudo bem?”, perguntou o funcionário. Não respondi e me apressei em ganhar a rua. Antes, porém, dei que a pesada porta estava totalmente aberta, encostada na parede lateral, e escondendo aquele discreto vão, como de costume.
Só fui tornar, lá embaixo, aos pés do Senhor dos Navegantes, na Praça do Pescador. A brisa úmida da baía veio ao meu encontro e me devolveu os sentidos. E foi assim, na mais completa lucidez, que a imagem do menino foi se revelando para mim: o corpo extraordinariamente preservado, os olhos arregalados de medo (ou de arrependimento, não sei), a tez entristecida de morto-vivo. O menino desobediente, com a língua estirada pra fora, a mais de palmo e as mãos a sustentar no ar, uma ameaçadora vassoura. Teso, teso, o menino.
A imagem era nítida na minha mente. O vento vinha da baía e trazia a figura do Menino da Catedral entesado por ter mostrado a língua para a mãe. Condenado ao silêncio e à solidão de um compartimento frio detrás da porta Sé. Ele, o personagem de uma história, indubitavelmente, verdadeira.
Eu falo pros meus meninos: “olha, não põe a língua pra mãe, não faz gracejos de bater no pai, que Papai do Céu ralha...”, mas eles, nem aí. Não acreditam.
Eu acredito.
domingo, 6 de setembro de 2009
Eu, o Jorge e o barco.
Chegamos , eu e o Jorge no local do serviço. A maré estava totalmente seca e o barco estava sentado na lama da beira do rio. Eu fiquei ali, me equilibrando numas pedras e umas tábuas, riscando e pintando o tal letreiro. Só que ao longo da manhã a maré ia subindo bem devagar.Comecei pintando as palavras mais ou menos na altura da minha cabeça. À medida que a maré enchia, naturalmente o barco ia flutuando e automáticamente eu ia esticando o braço. Os pés dentro da água.Chegou numa hora que eu estava todo espichado finalizando os ipsilones frufruzados do nome do tal barco. Depois o tio ainda pediu prá pintar umas araras e as bandeiras do Brasil e do Pará na frente da cabine. Ficou bom.
Nesse dia também eu e o Jorge (meu grande companheiro meu irmão camarada) degustamos uma iguaria no almoço. Não lembro se foi o tio Dico ou um empregado dele que apareceu com um pedaço de carne crua, dizendo que aquele seria nosso almoço. Ora, como eu não vi nenhum fogão ou panela por perto fiquei meio cabreiro de como seria feito o almoço. Fiquei calado, esperando chegar a hora do almoço. Como disse, não lembro quem, mas essa pessoa catou uns pedaços de ripa jogadas pela beira, arrumou-as por cima dumas pedras sujas e começou a tentar colocar fogo na madeira. Todas as tentativas foram vãs. E a fome apertando! Até que ele, vendo a minha lata de AGUARRÁS(prá quem não sabe, um derivado combustível de petróleo, usado para remover e diluir tinta) teve a idéia de jogar boa quantidade do conteúdo na madeira e assim ateou fogo. Fogo alto. Em seguida colocou a carne em cima da labareda. Quando parecia estar devidamente no ponto, nosso "Chef" retirou o quitute das brasas e nos serviu o prato do dia. Eu e o Jorge, então, desgustamos ali, naquela paisagem privilegiada, o autêntico churrasco ao molho de querosene.
Um tralhoto, no rio, nos olhava pelo canto dos olhos(acho legal essas frases nada a ver no final de historinhas, kkkkkkkk).
sábado, 5 de setembro de 2009
ÁRVORE GENEALÓGICA(?)
TIA DUDU (DOLORES).
TIO DICO, EU E O ZÉ (parte 2).
TIO DICO, EU E O ZÉ MARIA...
TIO DICO, O HERÓI DE BARCARENA
Os primos.
A Oneide, lembro bem quando passou no vestibular para medicina, madrinha do Nazareno, única filha menina no meio de um monte de marmanjos. Umas vezes encontrei com o Oséias lá no hotel Sagres, onde ele trabalha, mas os demais nunca mais os vi.Não sei se algum seguiu na área de eletrônica, só me lembro bem de um outro primo, o Moura, filho do tio Dico, que também passou pela oficina do papai e se firmou na profissão de eletrotécnico, curso feito na escola técnica.
Lembro bem do Romualdo, irmão do Zé. Ei Jorge, tu te lembras do Romualdo e a história do "pesadelooo"? Vou tentar me lembrar prá contar aqui desse mico.
Tio "Chico" e tia Adélia.
Enfim, lembro de pouquíssimas pessoas, as quais o papai e mamãe se referissem com reverência como o tio Chico e tia Adélia. A papai sempre falava que eles souberam criar muito bem os filhos.
Pessoas muito queridas, pelo papai e mamãe, também eram os filhos do tio e tia. Prá mim uma novidade, nunca tinha visto irmãos, todos com o nome começados co"OS", Oséias, Osian, Ozini, Oneide.Eu ficava admirado.
OZIAN E OCIVALDO
TIA MADÁ E OS LUNÁTICOS EXORCISTAS
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
"DORMINDO NO PASTEL"
ahahahahahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhahaaaaaaaaaaaaaaaaa legall!!dani
Daniel Anônimo disse...
legal, Nazareno!! faça mais ilustrações!!
O incômodo velho da cômoda
Sempre achei aquela cômoda com um aspecto fantásmagórico desde que ela foi prá casa. Me recordo que eu e o Cica a retiramos de um casarão em estilo clássico muito antigo que ficava do lado do colégio Santa Rosa, na Rua Padre Eutíquio e dentre diversas outras relíquias acabamos escolhendo a cômoda que nos acompanhou até 2006naquela casa cheia de histórias. Acho que o velho acordou no meio da noite achando que tava na casa dele e se decepcionou. Ótimo prá gente que agora tem histórias prá contar.
24 de Agosto de 2009 18:26
FÁTIMA DIAS disse...
Dani quero dizer que minha rede não estava tão velha.
Gostei do desenho.
Esse tal velho da cômoda era um caboco feio,tinha uma cara de quem nasceu lá em Surubiju.rsrsrs
O véio apareceu pra mim ,rindo e estendendo um dos braços.Quando gritei,vi que ele foi evaporando lentamente,do chão até o teto.
Essa visagem ainda apareceu pra mim na minha casa em São Brás,era um fantasma perseguidor,ainda bem que sumiu e nunca mais apareceu pra mim.Vai ver ele tem medo do setor onde estou morando agora,só bregueiro,maconheiro,traficante ,assassino e coisas do gênero ,o véio tem medo de morrer de novo lá na minha área.kikikikik.
Beijos pra vc e pra galera do blog.
Fátima
4 de Setembro de 2009 12:45
MAIS LENHA NA FOGUEIRA
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
O discípulo de Jesus
-Que é isso padre? não diga isso!
-É a realidade.Mas, lhe peço um favor misericordioso seu.Vá até o senado e traga urgente o Sr.José Sarney e o sr. Renan Calhheiros até meu leito de morte.
E após certo tempo os dois senadores, surpresos, se aproximaram do velho padre.
_Padre, estamos aqui, disse Sarney com aquela voz anasalada. O que o senhor deseja de nós, visto que nos sentimos honrados pelo seu convite.
-Lhes direi, lhes direi. E falou falou com a voz já fraquinha: -É que sempre fui fiel a Jesus Cristo e sempre imitei-o em todos os seus gestos e momentos da vida, visto ser ele o meu espelho. E assim como Nosso Salvador, vou morrer sabendo que cumpri todos os meus deveres na terra. Por isso e que chamei os senhores aqui, pois quero morrer como Nosso Senhor...
-Não entendi, padre...(fala Renan Calheiros).
-È que quero morrer como Jesus morreu, entre dois ladrões!KKKKKKKKKKKKKK
LENHA NA FOGUEIRA!!!
- Fiquem por trás do biombo, meus irmãos, enquanto faço o milagre para curar vocês! SHSHSHSHSH!!!!! SAI SATANÁS DO CORPO DESSES INFELIZES, LIBERTA-OS DESSE CATIVEIRO EM NOME DE JESUS! SHSHSHSH!!!!
Aleijaaadooo!!! Jogue suas muletas por cima do biombo!!! O aleijado imediatamente atira as muletas por cima do biombo ouvindo-se o baque delas no chão. Os fiéis em coro: AAAAAAAHHHHHH!!!!! GLÓRIA A DEUS!!!!!
O pastor continua o teatro.
- FAAAANHOOOO!!! FALA, FANHOOO!!!
.... O AEINJADO ÃIUM!!!!!! (O aleijado caiu!!!!!)
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Conferência
A mania de grandeza de alguns crentes, que parecia não ter mais pra onde ir, conseguiu se superar, porque todo mundo nesse "cóspel" é o maior, o mais escroto, o mais f... E ainda são uns burros. Até aquele cara que faz programa na Band de noite anunciou que haveria, aqui em Belém, um desses cultos pra arrecadar dinheiro, intitulado "Labaredas de Fogo". Pô, mas labareda pode ser de outra coisa? Se, de fato, como eles anunciam, é próximo o Juízo Final, o fim do mundo já começou por eles: chutaram a gramática, assumiram o mau gosto e a babaquice e ainda estão promovendo a poluição visual, com tanto cartaz idiota.