domingo, 13 de setembro de 2009
MEU COLEGA BENZIA TAMBÉM!!!
Quando eu estudava na 2ª. série no Amazonas de Figueiredo havia um colega, o Farinha, apelido dado sei lá se porque o cabelo dele era bem carapinha ou se porque era uma gozação por ele ser escurinho. O Farinha era desses moleques peraltas, aprontão, que se beneficiava de ser o mais velho da turma e poder zoar em cima dos pirralhos. Ele morava com a mãe dele na rua Conceição quase chegando na doutor Moraes. Um dia eis que chego em casa e ouço o famoso BZZZZZZZ que toda rezadeira faz quando está em ação. Ele tinha nas mãos um pedaço de um capim que passava por sobre a cabeça do Nazareno pixixito. Eu fiquei pasmo em ver aquele sacana lá em casa, junto com a mãe dele, e a mamãe segurando o Nazareno para o Farinha poder benzer, tirando o quebranto do Naza. Depois que a mamãe pagou aquela dupla de embromãos, fui lá ter com ela minhas satisfações: Mãe, o que o Farinha fazia aqui benzendo o Nazareno? Traduzindo: por que a senhora se deixou enganar por aquele pilantra que eu conheço muito bem e que não vale um centavo? Como sempre criança fica sem resposta quando adulto não sabe explicar o insondável e eu fiquei com aquela imagem até hoje na cabeça... O mais impressionante é que, sendo o Farinha meu colega de sala de aula, ele fez de conta que não me conhecia para poder levar o dinheirinho suado do papai. No fundo acho que o péssimo ficou com medo de que eu o desmascarasse naquele momento, diante da mamãe e aí acabou saindo de fininho pela tangente.
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