quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Velha Estrada Nova

Andei, hoje, lá pelas bandas da Estrada Nova. Da rua F.Guilhon(ou antiga Conceição)até a Carlos de Carvalho. É como se eu tivesse voltado no tempo. Casas de madeira, tortas, pinturas desgastadas, a cor desbotada. Comércios do tempo do ronca. Um açougue de porta aberta entre duas barbearias de portas abertas. Fiquei imaginando, além da poeira e fuligem dos ônibus e outros veículos, nuvens de cabelos, lisos, carapinhas, louros, pretos, brancos voando rumo às picanhas, agulhas, pás e peitos pendurados nos ganchos enferrujados. Baiúcas dos anos 70 vendendo cebola, tomate e outros artigos para acompanhar a variedade de peixes expostos na mesma situação. E o povo comprando. Tinha também oficinas, escuras, para reparo de motores de embarcações dos portos próximos. O tempo parou por ali.

Um comentário:

jorge disse...

Tu não vistes os "restaurantes-palafitas" sobre o canal??? Então volta de novo ao teu passeio e olha com mais rigor. Verás que as pessoas que trabalham às proximidades sempre almoçam nos botecos, inalando o cheiro fétido da vala-canal da Estrada Nova...