sábado, 12 de setembro de 2009
DONA IZAURA
Quem não lembra da dona Izaura? Só os caçulas de casa... Acho que do Marcílio em diante, esses não tiveram a oportunidade de conhecer essa senhora que rezava nas nossas cabeças, naqueles tempos bicudos, de incertezas e má sorte. A mamãe levava a gente, ao menor sinal de doença, para dona Izaura, que já era conhecida da vovó Zenor, lá para as bandas do Guamá. Lembro vagamente que a casa tinha paredes amarelas de barro e telhado de palhas. Lembro que uma vez eu tava com a tal espinhela caída e que passei dores horríveis nas grossas mãos daquela senhora que me lambuzava com um monte de sei-lá-o-quês. Eu realmente não conseguia enteder nada daquilo, mas não tinha coragem de perguntar do alto de meus seis anos de idade o que eram todas aquelas coisas que ela dizia diante de mim. Eu assistia a tudo impassível, imoto, olhando para a mamãe e sem receber nenhuma explicação. Se dava certo ou não, eu não lembro, mas lembro que a mamãe sempre saía mais tranquila de lá, quando tudo acabava....
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