A BONECA ALICE Me recordo quando a Dilma ganhou aquela boneca chamada Alice, me lembro de ter ido com o papai, a Dilma e acho que era o Fernando e o Flávio também a uma casa com um corredor comprido, assoalho de pau amarelo e preto, portas e teto altos, o forro de madeira branca, a parede se não me falha a memória era de cor verde bem clara e eu acho que essa casa ficava na Pariquis entre doutor Moraes e Serzedelo, então veio de lá alguem trazendo a boneca em uma caixa grande. Depois disso só lembro da boneca toda escangalhada, com o cabelo emaranhado, um olho fechado e o outro aberto em cima do guarda roupa, e minha rede ficava em uma posição que dava para ver a Alice na pouca claridade como se estivesse viva e me assombrava toda noite. Então em uma bela manhã, eu, o flávio, o Daniel, o Fernando, o Marcílio, o Chardes e até mesmo a Dilma (a dona da boneca) linchamos a dita até ela não aguentar mais e jogamos a boneca assombrada na vala. Porém quando deu meio-dia a maré encheu e trouxe de volta a maldita, o medo se apoderou dos mais novos e os mais velhos aproveitaram para nos amendrotar mais ainda.
E o "Raspa Cuia"? quem lembra? Por favor gostaria que alguém me esclarecesse quem inventou essa besteira? Hoje em dia lembro dando risadas, mas quando eu era criança isso me assutava muito.
MÚSICA NA MINHA INFÂNCIA. Hoje lembrei de um LP dos Saltimbancos Trapalhões que a Fátima ou Jorge colocavam em uma pequena vitrola de cor laranja para escutarmos, estavamos deitados cada um em sua rede, lembro disso como se fosse hoje, tocava a seguinte musica: "todos juntos somos fortes, somos fortes todos juntos não há nada a temer E lembro quando o papai colocava para tocar o Cisne Branco e marcha do marinheiro, esta última consegui achar por acaso na Rádio UOL, quem quiser matar a saudade é só procurar pelo disco do Raphael Rabelo "Relendo Dilermando Reis".
"Todos juntos somos fortes Somos flecha e somos arco Todos nós no mesmo barco Não há nada pra temer - ao meu lado há um amigo Que é preciso proteger Todos juntos somos fortes Não há nada pra temer" este é o refrão correto da música que acho que foi a primeira que gravei na memória.
MINHA CANÇÃO Dorme a cidade Resta um coração Misterioso Faz uma ilusão Soletra um verso Lavra a melodia Singelamente Dolorosamente Doce a música Silenciosa Larga o meu peito Solta-se no espaço Faz-se certeza Minha canção Réstia de luz onde Dorme o meu irmão
Esta música cantei para o Daniel dormir quando ele era apenas um bebezinho, ele estava deitado em meus braços em uma rede próximo da geladeira azul na cozinha, neste tarde havia chovido muito e dava para ver por entre as tábuas podres a água barrenta por baixo da casa. Mais uma lembrança sempre viva na minha cabeça.
GENI E O ZEPELIN Como eu gostava de ouvir essa música, mas a parte que eu mais gostava era o refrão que lógico não podia cantar perto da mamãe: "Joga pedra na Geni, joga bosta na Geni ela é boa de apanhar ela é boa de cuspir, você dá pra qualquer um maldita Geni" Não entendia muita coisa mas achava legal a música. Bem aventurados aqueles que puderam crescer ouvindo músicas boas e foram poupados das besteiras de hoje.
E quando o Zé colocava os discos dele com aqueles Rock's do Pink Floyd e outros que nem sei o nome, rapaz eu detestava, pra mim era musica de velório, cresci associando estas músicas a filmes de terror. Hoje lógico mudei de idéia sobre estas músicas.
9 comentários:
A BONECA ALICE
Me recordo quando a Dilma ganhou aquela boneca chamada Alice, me lembro de ter ido com o papai, a Dilma e acho que era o Fernando e o Flávio também a uma casa com um corredor comprido, assoalho de pau amarelo e preto, portas e teto altos, o forro de madeira branca, a parede se não me falha a memória era de cor verde bem clara e eu acho que essa casa ficava na Pariquis entre doutor Moraes e Serzedelo, então veio de lá alguem trazendo a boneca em uma caixa grande.
Depois disso só lembro da boneca toda escangalhada, com o cabelo emaranhado, um olho fechado e o outro aberto em cima do guarda roupa, e minha rede ficava em uma posição que dava para ver a Alice na pouca claridade como se estivesse viva e me assombrava toda noite.
Então em uma bela manhã, eu, o flávio, o Daniel, o Fernando, o Marcílio, o Chardes e até mesmo a Dilma (a dona da boneca) linchamos a dita até ela não aguentar mais e jogamos a boneca assombrada na vala. Porém quando deu meio-dia a maré encheu e trouxe de volta a maldita, o medo se apoderou dos mais novos e os mais velhos aproveitaram para nos amendrotar mais ainda.
E o "Raspa Cuia"? quem lembra? Por favor gostaria que alguém me esclarecesse quem inventou essa besteira?
Hoje em dia lembro dando risadas, mas quando eu era criança isso me assutava muito.
MÚSICA NA MINHA INFÂNCIA.
Hoje lembrei de um LP dos Saltimbancos Trapalhões que a Fátima ou Jorge colocavam em uma pequena vitrola de cor laranja para escutarmos, estavamos deitados cada um em sua rede, lembro disso como se fosse hoje, tocava a seguinte musica: "todos juntos somos fortes, somos fortes todos juntos não há nada a temer
E lembro quando o papai colocava para tocar o Cisne Branco e marcha do marinheiro, esta última consegui achar por acaso na Rádio UOL, quem quiser matar a saudade é só procurar pelo disco do Raphael Rabelo "Relendo Dilermando Reis".
"Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer"
este é o refrão correto da música que acho que foi a primeira que gravei na memória.
MINHA CANÇÃO
Dorme a cidade
Resta um coração
Misterioso
Faz uma ilusão
Soletra um verso
Lavra a melodia
Singelamente
Dolorosamente
Doce a música
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta-se no espaço
Faz-se certeza
Minha canção
Réstia de luz onde
Dorme o meu irmão
Esta música cantei para o Daniel dormir quando ele era apenas um bebezinho, ele estava deitado em meus braços em uma rede próximo da geladeira azul na cozinha, neste tarde havia chovido muito e dava para ver por entre as tábuas podres a água barrenta por baixo da casa. Mais uma lembrança sempre viva na minha cabeça.
GENI E O ZEPELIN
Como eu gostava de ouvir essa música, mas a parte que eu mais gostava era o refrão que lógico não podia cantar perto da mamãe:
"Joga pedra na Geni, joga bosta na Geni ela é boa de apanhar ela é boa de cuspir, você dá pra qualquer um maldita Geni"
Não entendia muita coisa mas achava legal a música.
Bem aventurados aqueles que puderam crescer ouvindo músicas boas e foram poupados das besteiras de hoje.
E quando o Zé colocava os discos dele com aqueles Rock's do Pink Floyd e outros que nem sei o nome, rapaz eu detestava, pra mim era musica de velório, cresci associando estas músicas a filmes de terror.
Hoje lógico mudei de idéia sobre estas músicas.
E aquele adesivo que ficou por longos anos na vidraça de casa escrito "tetra Brasil" eu acho que era isso.
E aquele adesivo que ficou por longos anos na vidraça de casa escrito "tetra Brasil" eu acho que era isso.
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