Artur Dias disse...
E Neste doze de maio, o Zé fica mais velho. E isto serve para nos lembrar que, se tem artista nessa família, a culpa é dele. Sempre com alguma novidade pra lá de estranha, ou simplesmente bacana. Fora o caso do crânio dentro do saco de papel, trouxe pra gente o nanquim, a aquarela, o violão, a flauta doce, o origami, o batik, o desenho publicitário, o ábaco, a literatura, e essas meninas muito maneiras, essas pirralhas do cabelo liso e sua mãe dos olhos sonhadores.beijão e feliz aniversário!
12 de Maio de 2009 09:41
Artur Dias disse...
Falar em guerra, tinha o revólver. Não me perguntem o calibre, mas tinha, com coldre, cartucheira e tudo, de couro. Ficava pendurado numa prateleira da oficina na Pariquis com a Padre Eutíquio. Talvez mais por um "espírito pistolista", à moda mexicana, como diria o poeta Pablo Neruda, que propriamente para defesa pessoal. o fato é que revólver é coisa que chama moleque. E o Nazareno e eu, para não fugir à regra, um dia resolvemos pegar o danado. Mas o papai viu... Creio poucas vezes tê-lo visto com expressão tão infeliz no semblante, andando no fio da navalha, culpado até o último fio de cabelo, embora não nos tenha encontrado estiradinhos no chão. Mesmo assim, daquele dia em diante, nunca mais vimos o revólver, mandado sabe-se lá para onde. Apesar de que eu tinha a mais absoluta confiança de que o Nazareno não me apontaria a arma, como fazia a maioria dos moleques que nós conhecíamos.
12 de Maio de 2009 09:43
Um comentário:
HAHAHAHAHA lembro que tinhamos umas peças do tipo "Lego" que montavamos de tudo o que a imaginação permitisse e o papai não visse, e uma dessas coisas que adoravamos fazer eram pistolas "beretas" como dizia o Fernando, e o famoso trinta e oito cano longo.
Um dia o Flávio fez um bem grande, e deixou na parte debaixo daquela mesa de ferro da cozinha, então o papai encontrou e voou pra cima de mim com o dito na mão e perguntando quem tinha feito, para livrar-me da fúria do seu Zé apontei logo o culpado, hahahaaha mal o flávio saiu do banheiro o papai tascou o trinta e oito na cabeça dele desmontando tudo. Não vi o Flávio chorar, mas ele ficou bastante furioso porque eu lhe entreguei. hahahahahahaa
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