domingo, 24 de maio de 2009

Nazareno Comenta sobre "Mangueira"(do Gabriel)

edunazar disse...
As árvores de nossa infância sempre tiveram um espaço especial. Lembro-me que depois do almoço eu corria para o fundo do quintal e subia naquele enorme jambeiro e me sentava confortavelmente na forquilha que parecia ter sido feita sob medida prá mim. Uma vez comi tantos jambos que passei a noite vomitando. Ficava muito aborrecido quando enxergava os olhos brilhantes de uma mucura no jambeiro, o que significava uns jambos a menos prá mim no dia seguinte. Tinha vontade de vigiar o jambeiro à noite para não ter que dividir os jambos também com os morcegos. Quando criança, jamais caí do jambeiro, depois que cresci subi meio metro e escorreguei logo dele.
22 de Maio de 2009 18:28

3 comentários:

jorge disse...

O jambeiro, disque, foi plantado pela Cica. Embaixo dele havia uma geladeira velha que, igualmente a combi velha do seu Sérgio, estava se desmanchando pelo tempo... Ela servia de distração para nós. Um dia o Marcílio caiu de cima dela e fez um bonito triângulo na parte posterior da perna dele. O seu Jorge peixeiro chegou com o Marcílio nos braços na oficina do papai. A mamãe mal conseguindo conter a raiva pelo trabalho daquele molequinho... Papai largou tudo na oficina. O resto da galera que incentivou o pequeno Marcílio deve ter passado maus bocados depois que o casal Amorim Dias retornou do pronto socorro com o pimpolho...

jorge disse...

Teve também aquela do rato morto por um tiro certeiro disparado por mim com a espingarda de ar comprimido. O papai já devia estar pela bola sete pela casa estar no fundo depois de uma chuvarada do dia anterior.
Eu estava na janela do quarto do fundo. A janela que dava para a escada. Vi o rato nadando para debaixo da geladeira. O papai deixava a espingarda pelo quarto de maneira que era sempre uma tentação usá-la sem o consentimento dele... Mirei. PAAA! Acertei as costas do rato, de primeira. Vi que o rato ficou imóvel. A cabeça e parte da costa para baixo da geladeira velha. Então uma grande mancha vermelha sobressaiu tomando conta da cor barrenta da água da enxente.

jorge disse...

O papai, fulo de raiva, em vez de me dar tapinhas na costa pela pontaria e por exterminar o roedor enorme, me obrigou a retirar o cadáver debaixo da geladeira, senão.... Caraca! Fiquei tão frustado com aquilo achando que o papai tava maluco! Onde já se viu mandar um campeão entrar na água suja de lama e sangue só para se livrar dum infeliz rato?