Uma vez, no ônibus, o cobrador achou de arranjar problema de troco. Prá quê??? Mermão, esse caboko ouviu boa parte da viagem!!! E eu, comigo mesmo pensei (imaginem uma vozinha fina de criança falando): -É isso mesmo, Dá-lhe mãe!!!!!
É bom que se lembre da mamãe como parte do movimento migratório que se realizava do Marajó para a capital, em razão do centenário processo de empobrecimento do arquipélago, por sua vez, fruto da concentração da terra nas mãos dos latifundiários. Longas viagens de montaria, nos verdes anos da adolescência, remando com bracinhos queimados de sol, atravessando distâncias a pé, para buscar água em poço fundo e sem proteção lateral... Ou coletando uruás para comer cozidos, no almoço, ou então amassando andiroba pra fazer azeite, e depois vendê-lo. Isso, e muito mais, fatos da vida ribeirinha, cada vez mais pressionada pela falta de recursos. Essa história também precisa ser contada.
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É bom que se lembre da mamãe como parte do movimento migratório que se realizava do Marajó para a capital, em razão do centenário processo de empobrecimento do arquipélago, por sua vez, fruto da concentração da terra nas mãos dos latifundiários. Longas viagens de montaria, nos verdes anos da adolescência, remando com bracinhos queimados de sol, atravessando distâncias a pé, para buscar água em poço fundo e sem proteção lateral... Ou coletando uruás para comer cozidos, no almoço, ou então amassando andiroba pra fazer azeite, e depois vendê-lo. Isso, e muito mais, fatos da vida ribeirinha, cada vez mais pressionada pela falta de recursos. Essa história também precisa ser contada.
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