sábado, 29 de agosto de 2009

DORMINDO NO PASTEL

Eu achava que o gato dormia nos pastéis...talvez por isso eram deliciosos

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O PÃO QUE O GATO ESQUENTOU....

Eu lembro bem desses pães compradas lá na taberna do "seu" Sérgio... Aquela taberna era prá lá de bagunçada!!! Tinha até a história que o Zé, NATURALMENTE (quem mais ?), inventou sobre os pães estarem sempre quentinhos. Imaginem que na taberna havia um gato que dormia dentro da caixa de madeira por cima dos pães!!!! ECA QUE NOJO!!! O Zé sempre dava um jeito de tornar as coisas mais engraçadas... e nojentas!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

De tardinha...

'Rapá, essa tarde agora, me lembrei quando eramos pequerruchos e depois do almoço o papai dava uma cochilada. Ai, então lá pelas 2 e meia ele acordava e a mamãe me mandava ir comprar um pão massa-grossa, recém chegado na bicicleta cargueira do padeiro, naquela caixa comprida de madeira, coberta com uma lona grossa. Podiamos ouvir o som da bicicleta, cheia de pão, trepidando na rua sem pavimentação. Era a senha prá ir comprar o produto, ainda fumegante e estalando. A mamãe fazia o café com leite e servia-nos também com tapioca(cheirosa!!)pupunha(as vezes com farinha) uma vez ou outra também tinha piquiá cozido(também com farinha. Não é a toa que o nome do blog também leve farinha na composição!)de vez em quando tinha também batata doce e cará(que eu não gostava por que não tem gosto nenhum). Tinha também as panquecas gostosíssimas que ela fazia. Ás vezes a mamãe aparecia com uma bolacha dura, feita de farinha(lá vai a farinha de novo) que ela dizia que se chamava beiju e servia com café também. Nessas tardes, por vezes fazia um calorão, mas, esfomeados que eramos, passavamos prá dentro o café quente (e o suor escorrendo pela testa, pescoço, suvaco,costas, etc) como se fossemos beduínos, só que mais sortudos, já que esses, lá no escaldante deserto, são obrigados a tomar leite de...camela, ainda por cima numa caneca suja(por que lá não tem água prá lavar louça)AAArghhh!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Luzes da cidade

Quando moleque era; sentia medo do escuro, sentia pavor do silêncio.
Na rua semideserta de estivas e pontes.
Havia mato brabo;
Mato grosso e mato fino nas terras do campinho.
Na negrura do apagão;
Na travessa da minha infância...
Pequenas estrelas luziam; aqui pertinho de nós. Tão próximo de mim.
Cabiam na palma fria da mão.
Lamparinas do chão;
Faroletes do firmamento.
A ausência de luz,
Produzia as brasas de asas
Na beira da vala...
Meu terror ia-se;
Cessava por inteiro,
Quando via os archotes vivos...
Luzes da cidade;
Vagalumes da coragem.
Que Outrora,
Nestes passados anos;
Esquecia o temor.
Nas asas do vento da maré.
E com bravura percorria,
O manto sereno da noite...
Nos 7 anos de 1 garoto;
Nas luzes da cidade, brasas da felicidade

Flavio Amorim

domingo, 23 de agosto de 2009

Os calangos no quintal de casa


Depois de construído o banheiro acoplado à cozinha, do quarto de cima de casa ficava mais fácil visualizar o telhado. Com cuidado, dava até para caminhar sobre ele. Nesse telhado os calangos "faziam a festa". Corriam, pulavam, namoravam.... ali era o espaço deles. Havia muito calango naquele quintal. Até jogávamos pedaços de laranja, caroços de laranja... qualquer coisa atirada sobre o telhado era motivo de os pequenos lagartos correrem para abocanhar. Não lembro mais quem foi o malvado dos irmãos que de sacanagem jogou chiclete mascado ali e um calango desavisado meteu a boca. Era engraçado ver o bichinho preso aquele pedaço liguento tentando comer e ao mesmo tempo fugir. Os calangos já faziam parte daquele cenário e até para dentro dos quartos os enxeridos começaram a fazer suas incursões. Talvez, o que a maioria dos calangos não sabiam, é que eles não eram os únicos seres que habitavam nossa casa. Havia as temidas aranhas marrons de marca branca na costa! Seres terríveis... com suas pernas compridas e agilidades ninjas que espreitavam sorrateiras pelos cantos escuros da casa. Então, numa manhã cedo, o raio de sol entrando pela fresta do quarto, eu ainda meio zonzo de sono, da rede, escutei um barulhinho esquisito debaixo da rede. Como houvesse uma estante no canto do quarto abarrotada de livros e papéis velhos, pensei tratar-se de mais um calango correndo sobre os mesmos e produzindo aquele barulho estranho. Mas, o som vindo do lado de lá da estante continuava a incomodar e atiçar a curiosidade. Foi então que levantei para olhar o que fazia o tal barulho. Uma enorme aranha havia agarrado um filhote de calango e o mesmo se debatia nas quelíceras da malvada, tentando fugir daquela morte horrível. A aranha, se embolava no pequeno calango e os dois pareciam dançar sobre alguns papéis velhos no chão daquele quarto, provocando o ruído que me despertou. No final das contas, posteriormente, o Zé fez o desenho daquela situação para o Daniel.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O velho da cômoda.


Em uma noite sem luar, o zunido de vento e o farfalhar das folhas das árvores, dentro da casa onde todos os quartos eram escuros, silencioso, encontramos no do meio, do segundo andar do casarão, dorme a Fátima numa rede velha coberta de mosquiteiro. Um vento gélido que propagava no ar e tocava na bochecha da minha irmã, a mesma acordava e imaginava que a porta da geladeira estava aberta. E viu alguma coisa na parede, ela tenta observar com força e espiou a formação completa do rosto do sorridente espectro. Sem a palavra dela, muda de pavor, vendo o espectro se mexer até perto do móvel, ela começou a gemer e gaguejar. Enquanto o velho desapareceu na velha cômoda, finamente ela berrou, que propagou o som na casa inteira.Todo mundo socorreu-a e aliviada, dormiu. Mas por trás da brecha da gaveta, o pesadelo continua... ...E até hoje o espectro que ainda nós chamamos ele de ''velho de barba azul''!!!!






Postado por Daniel Dias

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

"Espritado"

- Pra donde tu vais, Zeferino?
- Vou ali, já volto.
- Hoje, não é dia de trabalho não, menino!
- Não vou trabalhar não, minha mãe! Vou só ao varador preparar a armadilha.
- Sexta-feira da Paixão! Virgem Nossa Senhora!
- Amanhã é Sábado da Aleluia e nós precisamos quebrar o jejum...
A montaria escorregou macia no tejuco, banzou de bubuia em cima d’água. Zeferino pulou pra dentro, num salto ágil, com o leque do jacumão na mão. Deu um empurrão na caiçara, afastou-se ligeiro para o perau do rio e, com remadas rápidas, sumiu-se no meio do furo - xuá-xuá-xuá...
D. Marocas ficou em casa matutando. Sexta-feira Santa não era dia de se caçar não. Era pecado matar bichos na Sexta-feira Santa. Naquele dia, seu Valentim chegou da mata, com cachos de açaí às costas, estancou de espanto:
- Apois, Zeferino teve coragem de ir caçar no dia de hoje!
- Se teve!..
- É capaz de topar com o Curupira.
- Ainda outro dia, "Nhá" Fulô me contou o "causo" dum "muço" que foi pescar na Sexta-feira da Paixão e topou com a Mãe-D’água.
- Abusões!
Quando a montaria abicou no tijuco, do outro lado do igarapé, Zeferino pulou para um pau grande, deitado na barraca, que servia de ponte. Subiu pra ribanceira, atolando-se na lama, agarrando-se nos matos, com a espingarda nas costas. Entregou a alma a Deus, e penetrou no matão fechado.
Não estava com medo, não. Mas, caminhava hesitante, com sobrosso. As sombras do crepúsculo esmagavam a floresta. O canto sinistro das aves noturnas povoavam a solidão de assombrações e agouros.
Sem olhar para trás, com o coração aos pulos, escolheu uma boa forquilha de pau e preparou a armadilha, sapecando na espingarda uma grossa carga de escumilha. Ao menor estalido da folha, arrepiavam-lhe os cabelos, e um frio estranho pela espinha.
Medo? Mas, medo de quê? ... ele nunca tivera medo de nada!...
A luz hesitante da lua cheia escorria pelos galhos espessos da mata, sem clarear o chão. Os troncos secos, entrançados de cipó e embiras, erguiam-se para o céu, no labirinto do mato verde, como esqueletos sinistros.
Naquele cenário aterrador, Zeferino experimentou uma sensação estranha. Medo! Sim... um medo que ele nunca tinha sentido. Um medo não sabia de quê. Cerrou os olhos, transido de terror. O pica-pau martelava no quiriri da noite. Uma gargalhada estraçalhante de coruja abalou tragicamente o silêncio negro da floresta. Zeferino deu um grito e desembestou na carreira, numa alucinação, para a beira do igarapé, onde amarrara a montaria.
Na precipitação da fuga, tocou no cipó distendido da armadilha.
- Trac-pum!
Um grito danado de dor. Um bruto baque no chão. E Zeferino caiu, a carga de chumbo na perna direita, estrebuchando na lama viscosa da mata. Caiu que nem palmeira torada pelo corisco.
E a noite negra, cheia de assombrações, veio encontrá-lo desacordado, frio, atolado na lama, sob a iluminação pisca-pisca dos vagalumes.
Em casa de Seu Valentim, foi uma noite movimentada de atribulação. Com fachos nas mãos, meteram-se todos dentro duma montaria e foram procurar Zeferino na floresta. Rezando a "Salve-Rainha" até "nos mostrai", erraram a noite toda por furos e varadouros, por veredas e atoleiros, e só de madrugada, com os primeiros clarões do sol, foi que, caminhando por uma capepena na direção dum longínquo gemido, foram encontrar Zeferino numa poça de sangue, atolado no tijuco, ao lado do mundé.
- Castigo de Deus!
- Seu Valentim está pra dar café!
Desde aquele dia, Zeferino estava à morte.
Não houve mezinha que lhe desse jeito. Nem o pajé que chamaram conseguiu curar-lhe a ferida. Não havia mais esperança. Os parentes reuniram-se todos em casa de Seu Valentim. Fatalistas instintivos, quando viram o ferido ardendo em febre e a ferida a resistir aos primeiros remédios, o abandonaram aos azares do Destino.
- Se tiver de morrer, ninguém o salva!
Resolveram, então, esperar. O que tivesse de acontecer, aconteceria. E com resignação e serenidade esperaram a morte de Zeferino.
Os caboclos, acocorados no portal ou sentados pelos cantos da casa, "faziam quarto" ao moribundo. Uma vez por outra, o café corria a roda. O silêncio misterioso das solidões amazônicas apagava os ruídos tristes da casa humilde. De quando em vez, a dor de um gemido arquejante dava balanços monótonos na rede do moribundo. Não havia mais dúvida: Zeferino ia mesmo desta pra melhor.
- Xincuã já cantou no terreiro!
Há muito o pássaro pressago cantava horas a fio o seu canto de alegria: ¾ Tê-tê-tê-tê... No dia em que Zeferino adoeceu, porém, o bicho cantou como um agouro o seu canto de morte.
- Xin-cu-ã...
- Tesconjuro!
Xincuã viera avisar, Zeferino ia morrer.
Morreu.
Entre velas de carnaúba, o morto jazia no meio da sala estreita. O velho Valentim aproximou-se, com uma lentidão pesarosa, levantou o lenço de alcobaça que cobria o rosto lívido do filho e articulou um palavreado singelo de despedida. Depois, apertou a mão enregelada do defunto e exclamou a frase clássica daquela cerimônia cabocla:
- Adeus, Zeferino! até à outra vida!
Os demais parentes repetiram, com exatidão litúrgica, a despedida ingênua, dizendo as mesmas frases sacramentais.
- Adeus, Zeferino! Até à outra vida!
O enterro partiu.
Os que ficaram em casa - contentes de ficar! - vendo a montaria que levava o caixão sumir-se na verde curva do igarapé grande, atiravam-lhe de longe mãos cheias de terra. E a superstição de todos gritava que nem uma só boca:
- Adeus, Zeferino! Fica-te por lá mil anos e deixa a gente em paz!
- E de que morreu o Zeferino, Malaquias?
- Apois, o "muço" não sabe não?
- Um tiro de armadilha? Dizque...
- Axi! qual armadilha, qual nada, meu branco! Foi mau espírito! Zeferino, desde que foi caçar na Sexta-feira Santa, ficou possuído dum mau espírito! Sabe como é? "Espritado", patrão!

(Peregrino Júnior. Puçanga, in A mata submersa, 1960.)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Personagens

Depois desta postagem, podem avaliar se fomos crianças e adolescentes entojados, ou certas figuras que eram muito chatas. Por exemplo, a mamãe saía todos os dias no mesmo horário, para ir à feira ou supermercado. O Nazareno e eu ficávamos na porta, na saudável ocupação de ficar desocupado, até que, invariavelmente aparecia aquela senhora magra, baixinha, perguntando se a mamãe estava em casa. Eu ficava imaginando que no dia seguinte ela passaria mais cedo, pra encontrar a mamãe, que o assunto deveria ser importante... mas era sempre a mesma pergunta, e ela não se mancava que naquela hora não iria encontrar a mamãe. Vocês devem admitir que é um saco a gente interromper a brincadeira para atender um mala desses.
Na oficina, tinha o marinheiro. Espírita, sempre de preto (desbotado), fazendo "tsc, tsc" nos dentes e mal-cheiroso. Além de tudo, enchia os pacová com uma conversa de que as filhas e a esposa o dominavam, e ele não reagia porque pensava estar cumprindo um desígnio de vidas passadas.
Também na oficina, aparecia um primo do papai, magro, sempre de boné e cigarro aceso. Havia somente um banquinho em que nos revezávamos. Pois o desgramado chegava e logo o papai oferecia o banco, em que ele ainda sentava inclinado, amolecendo as pernas do dito, e no meio do caminho. E ele só aparecia pra dizer que alguém tinha morrido. Até o papai se emputeceu com essa chatice.
Tem mais um rol de chatos, praticantes do bulling já nos anos 80, que eu poderia relacionar, mas aí seria chatice minha descrever essa galeria dos horrores.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Crônica da semana-Raimundo Sodré

Impressionante
Tantos anos, convites, vontades e nada de calhar d’eu ir passar uns dias em Algodoal.
Este ano, desamarrei o quebranto. Venci a ideia pré-concebida de que era um lugar longe; rolei por cima da preguicinha que me leva somente até ali no Caripi; desfiz o pavor que reinava dentro de mim só de pensar na travessia; juntei a família e aprumei no rumo de Maiandeua.
Algodoal é, incontestavelmente, o que dizem. Tudo o que eu ouvira falar sobre a ilha é verdade.
Prudentemente, logo na primeira investida sobre as areias da praia decidi delegar as aventuras radicais e todos e quaisquer prazeres mais custosos para os meninos. Não por nada, mas a lógica me impunha a consciência de que, assim, aproveitariam do caráter lúdico da aventura, e com o vigor da adolescência, seria muito mais fácil para eles, escalar o sotavento das dunas ou atravessar a ponta da praia por sobre as pedras ou mesmo explorar o caminho que leva ao lago de água doce. Eu me conformaria em contemplar, tirar as fotos e ficar de molho (depois da hercúlea missão de cruzar o percurso de areia fofa) nas águas achocolatadas do lago da Princesa. Sem nenhuma frustração. Os filhos não são um pedaço da gente? Pois é, se eles estão felizes, estou também. Se exultaram com tantas emoções na caminhada até o lago da Princesa, também transbordei de alegria (com a vantagem de não ter sofrido um piripaque ou ter chegado na baba, soltando os bofes, um risco admissível, se eu me entusiasmasse e me abalasse às extravagâncias sob o pródigo sol do meio-dia. Eu, heim, a aventura para mim é vigiada de perto pela sensatez, por isso, claro, peguei um atalho e enquanto os meninos fururucavam subindo e descendo as dunas, eu, ó, só na manha: cheguei inteiraço).
Algodoal é palco de grandes inspirações, insights, explorações nas profundezas do ser. No caminho para o lago, paramos para apreciar uma espécie de celebração. Algumas pessoas já se juntavam em torno de um rapaz:
- Sabe o que mais me impressiona aqui em Algodoal? – dizia ele com olhar contemplativo. Uma ansiedade tomou conta da gente. Um belo poema deveria brotar daquele êxtase. Uma canção. Uma profecia... Ele abraçava-se aos pés de ajiru, rolava a barlavento, nas dunas, erguia os braços, messiânico, para o infinito. O rosto concentrado, uma fervorosa fé abrigada naquele semblante.
- Sabe o que mais me impressiona aqui em Algodoal? É que aqui, é tudo muito...muito... – As pessoas entreolhavam-se curiosas. Poderia ser ele um biólogo? Será que um daqueles arbustos que margeiam o caminho do lago não tem o princípio ativo para a cura do câncer? Esperanças revelavam-se nos olhares...
- É que aqui é tudo muito, muito... Impressionante! – Disparou “impressionante” com tanta energia que perdigotos múltiplos saltaram dos seus lábios umedecidos e nos atingiram ao longe. E nada mais foi dito. Impressionado, procurei sombra e segui meu caminho para o lago, só apreciando.
Algodoal não se eleva somente pelas belezas naturais. A riqueza de seu povo é também de inestimável valor.
(Não conhecia o Chico Braga. Mas os mitos não se subjugam, não se dobram às formalidades. São, simplesmente. E foi assim que reconheci naquele homem sentado na calçada de um bar, improvisando refrões, a magia de Chico Braga. Uma pessoa especial. Fiquei um tempo a observá-lo. Encantado... Me senti tão pequeno, naquela hora...).
Na véspera de vir embora, a noite nos brindou com um feixe de meteoros cruzando o céu, a lua crescente prateou o horizonte e uma voz ao longe aninhou-se confortavelmente aos acordes de Wish you were here.
Na praia, cada um curtindo o seu barato. Impressionante.



segunda-feira, 10 de agosto de 2009

"Se escondam que lá vem os federais!!!"

Essa frase era a que mais eu ouvia e mais me deixava curioso quando tínhamos que passar por uma barreira dos guardas rodoviários... O tio me deixava louco de curiosidade para ver a tal da barreira, tão temida por ele... O que era a tal coisa que tanto medo metia no tio?... Infelizmente a gente tinha que ficar debaixo da lona da caçamba até sermos liberados para espiar de novo...

Tio Romualdo e nós na boléia da caçamba

O tio Romualdo levou a mim e ao Zé juntamente com o Ronaldo para algumas viagens que fazia pela BR. Não lembro o nome dos lugares que a gente ia, mas eu lembro bem dos jambeiros enfileirados na beira da estrada e uma quantidade de enormes jambos madurinhos e suculentos esparramados por todos os lados. O Ronaldo se danava a juntá-los e a comê-los com uma voracidade incrível. Juntávamos muitos jambos e não tinha onde carregar, aí a gente algumas vezes carregava na camisa, sujando tudo de tinta vermelha... Era muito legal viajar naquele tempo.

Tios e tias

Lembrar do tio Romualdo lembra também tio Bebé( Ele se chamava Bertino, como o vovô). O tio bebé ficou na minha memória como um sujeito risonho, alegre, moleque. Não tinha tristeza. Ele era a preocupação do papai, no sentido de que ele sempre estava aprontando por aí. Mesmo nos últimos momentos dele, os quais eu acompanhei, ele nunca deixou de dar uma sacaneada, mesmo com a voz já fraca.
A tia Belém era costureira de dondocas. Uma vez fui lá na casa dela, na rua São Francisco, em frente aquela fábrica de gêlo e lá estavam algumas clientes dela e uma delas estava usando um perfume muito bom de cheirar, um cheiro que eu nunca tinha sentido e não esqueci e toda as vezes que sentia( depois de grande) eu associava a panos, máquina de costura e tesouras. Depois de muito tempo vim descobrir que esse perfume era o tal que Marilyn Monroe disse que, na falta de um pijama( que ela dispensava), usava para dormir: Chanel n°5.
A tia Jesus também era e deve ser ainda, a maluquinha. Pequenina e magrinha(corria o boato que ela tomou vinagre quando era jovem, para emagrecer) sempre ia lá em casa quando chegava o dia de receber a pensão do finado marido. Era também brincalhona e risonha.
A tia Belém era mais séria, mas era muito legaL. Eu gostava quando eles apareciam lá em casa.

Primo Heron


Sábado passado, dia 8, etivemos , eu e o Nazareno lá no sítio do Heron. Como era de noite não deu prá ver direito o lugar, mas a casa é bem legal. Tocamos um pouco de violão e cantamos(ou tentamos). Foi bastante legal. Principalmente pela oportunidade de estarmos conversando sobre nossa familia.Ele relembrou que o avô materno dele foi um dos fundadores do Clube do Remo. Lembrou de como ele gostava do papai e da mamae também.
Lembro da tia Hilda, serena, a voz calma. Já o tio Romualdo era agitado, voz alta, topete, camisa de manga enrolada sempre. Uma vez ele tentou me ensinar a dirigir aquele caminhão Fenême(FNM), mas eu fiquei meio nervoso depois que o bruto "morreu" diversas vezes, além de que estavamos em plena rua dos Pariquis.
Coloquei essa foto ai de um caminhão FNM, só que o do tio era azul escuro.

domingo, 9 de agosto de 2009

BRINCADEIRA LEGAL

Esse negócio de controlar os sonhos é um negócio bem legal, vocês já imaginaram na hora de um
pesadelo saber que aquilo não passa de sonho? Aí parece que acaba todo o susto, o medo, e passamos a interferir nos acontecimentos dos sonhos, devido as boas influências do Jorge eu também consigo controlar os sonhos fazendo o que eu quiser, enfrentando matintas, batendo em bandidos, e o melhor de todos os sonhos: quando estou VOANDO, esse é o melhor sonho, porém, as vezes quando controlo muito, a altitude começa a diminuir.
Não é em hipótese nenhuma brincadeira besta esta de dominar os sonhos, acho até que é saudável ter esse controle mental, o problema é que as vezes é um sonho legal e acabamos acordando a consciência real e o sonho acaba.
Jorge, aprendi uma técnica de colocar o dedo na goela e não vomitar, e quem me ensinou foi a minha médica odontologista, deves permanecer respirando pelo nariz, é um pouco difícil de conseguir mas na cadeira do dentista se aprende rápido.

sábado, 8 de agosto de 2009

BRINCADEIRA BESTA Nº3

E na hora de dormir? Lembras, Zé? A gente ia exercitar nossa fantástica capacidade de controlar até nossos sonhos? Quando sonhássemos sonhos ruins, então diríamos para nós mesmos, em sonho, que tudo não passava de um sonho? Quem conseguisse acordava o outro para contar de madrugada?
Puxa vida! Será que não éramos muito criativos em nossas estranhas aventuras com nossas mentes? Até hoje, quando sonho sonhos ruins acordo logo, pois o consciente vence o meu inconsciente e desperto no meio da noite, numa estranha sensação de ter exercitado demais e acostumado minha mente a isto tudo.

BRINCADEIRA BESTA Nº2

Há outra pérola, primor da criatividade infantil de crianças pobres moradoras da beira da vala. Mais uma vez me vejo aprovando a fantástica idéia genial do meu querido irmão mais velho, Zé Maria: ENFIAR O DEDO NA GOELA POR MAIS TEMPO SEM VOMITAR!!! Acreditem ou não, de tanto que eu e ele disputávamos para não vomitar, até quando a vovó Zenor enfiava o dedão dela enrolado em algodão para curar a minha garganta, eu me esforçava para não vomitar!!! Até hoje eu me pergunto se éramos mentalmente saudáveis....

CÁSSIO VELOSO

Esse Cássio fala das floreszinhas, dos passarinhos, das camisinhas, dos calanguinhos com um certo ar de malícia, mas não lembra das suas performances imitando um espalhafatoso, alegórico e abaitolado Caetano Veloso (que os fãs e o Caetano me desculpem, também sou fã, mas...) em seus momentos de arrebatamento musical, se bem que o Cássio acentua muito mais querendo ofuscar o brilho do Caetano, nas festas na casa da Nen, aonde quase todos os doze integrantes da familia Amorim Dias se faziam presentes, e olha que desses doze, nove são homens, talvez isso o deixasse mais "solto", indo pro meio da sala para se fazer brilhar.
Então seu Cássio nós é que dizemos:
DEPOIS, DEPOIS....
hahahahahaa

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

BONECOS NA JANELA

LEMBRO QUE NA FALTA DE LUZ, QUE ATINGIA A DOUTOR MORAES ENTRE TIMBIRAS E CONCEIÇÃO, FICAVAMOS IMPOSSIBILITADO DE FAZER NOSSOS AFAZERES E DEVERES. ENTÃO OS MAIS VELHOS DA FAMÍLIA PROVIDENCIAVAM A DIVERSÃO PARA OS MENORES, INCLUINDO ESTE QUE VOS ESCREVE.
USAVAM A TÉCNICA DO TEATRO SE SOMBRAS, CONTANDO ESTÓRIAS DE ASSOMBRAÇÃO (MUITOS DELES QUE A DONA MARIA, NOSSA MÃE, CONTAVA COM A INTENÇÃO QUE DEIXASSEMOS DE SER MOLEQUES ATENTADOS) E CADA RELATO DESTES ERA DE ARREPIAR OS CABELOS, CAUSAVAM UMA FORTE IMPRESSÃO QUE DEMORAVA PARA SUMIR.
OS BONECOS RECORTADOS NA FORMA DO QUE IRIA SE NARRADO, FICAVAM PAVOROSOS AO SEREM ILUMINADOS POR UMA VELA, QUEM VIA O TEATRINHO, TINHA PESADELOS A NOITE TODINHA. TIVE MUITOS SONHOS RUINS NESSE PERÍODO DA VIDA.
ENQUANTO A LUZ NÃO RETORNAVA; A DIVERSÃO E O TERROR SEGUIAM DE MÃOS DADAS NAQUELA SALA PENUMBROSA, SENDO QUE A ONOMATOPÉIA QUE SAÍA DA BOCA DOS MANIPULADORES CRIAVA CENÁRIO ANNGUSTIANTE, QUE EM NADA CONTRIBUÍA PARA POR FIM AO MEDO QUE NOS AGARRAVA PELO PESCOÇO.
UM CONTO QUE NUNCA ESQUECI FOI DE ENCONTRO DA MULA-SEM-CABEÇA COM A VELHA MATINTA, UM BONECO HORRÍVEL QUE SE PUNHA À ASSOBIAR QUE DOÍA NOS OUVIDOS; A MULA ERA UM ISQUEIRO QUE UM DOS MAIS VELHOS POSSUÍA NA ÉPOCA E QUE TODOS QUERIAM VER E TOCAR (O DONO DO ISQUEIRO, APESAR DE NÃO FUMAR, O TINHA TALVEZ PARA MOSTRAR AOS OUTROS: OLHA QUE EU TENHO E TU NÃO TENS!).
MAS COM O TEMPO ESTE TIPO DE BRINCADEIRA FOI PARANDO, ASSIM COMO OS BLECAUTES DA CIDADE DAS MANGUEIRAS, CESSOU COMPLETAMENTE PORQUE CADA UM DOS ENVOLVIDOS SE OCUPOU DE OUTROS AFAZERES E DEVERES.
AINDA LEMBRAVA DE UMA CENTENA DESSAS ESTÓRIAS, MAS HOJE ELAS ME FOGEM COMO ÁGUA PELOS DEDOS, APESAR DE MEDO QUE TINHA, NUNCA RECLAMEI POR ESTES MOMENTOS QUE PASSEI, QUE VIVI E ACABARAM. POIS TUDO NESTA VIDA SE APAGA, NÃO DURA PARA SEMPRE.

TEXTO DE FLÁVIO DIAS

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Make-off




Rei dos calangos




Mais calango.










Pirão Féxion.(Eu que pintei)





Sobre o texto da fossa

jorge disse...
Foi um texto muito engraçado. Parabéns. Chorei de tanto rir!
30 de Julho de 2009 09:34
Eduardo Dias disse...
Muito bom! Juntando essa com a do colega do Daniel que foi no banheiro do avião e deu a descarga com o traseiro ainda dentro do buraco oval, dá prá rir mais ainda.Parabéns Flávio pelo texto! O Odorico Paraguassú ia ficar com inveja!

'Umbora dar um samba no Cássio, ÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!!

Cássio comentou:

Cássio disse...
Huummm! Camisinhas estampadas com florezinhas, né! Depois, depois...
4 de Agosto de 2009 18:13

Crônica do R.Sodré

Pedacinho de céu
Nessa última semana, eu passei os dias assistindo ao filme “Sete anos no Tibet”. Foram alguns dias, sim, porque voltei umas quantas vezes a fita, para apreciar as belas paisagens e para refletir sobre a sequência em que umas das personagens define o montanhismo dizendo algo como “escalar montanhas é um prazer muito bobo”. Esta frase é disparada contra o alpinista Heinrich Harrer (interpretado pelo aporcelanado Brad Pitt) que, imerso em gélidas vaidades, abandonara a mulher e um filho prestes a nascer, para escalar o Nanga Parbat, a nona montanha mais alta do mundo, cujo cume foi alcançado pela primeira vez em 1953, não sem antes enfileirar uma legião de vítimas.
O Economista David Correia Silva, meu amigo aqui da Vila dos Cabanos compartilha da opinião da tibetana com muita precisão. Em algumas das acaloradas discussões que travamos sobre essas coisas doidas da vida, o economista arremata: “os alpinistas são uns desocupados”. Aí a coisa pega fogo, e eu fico tiririca com o David, porque sou um admirador dos alpinistas. Sou um entusiasta do esporte e não fossem algumas óbvias limitações como a falta de um terceiro pulmão, por exemplo, eu já teria me abalado a uma aventura nas montanhas (mas não joguei a toalha ainda e tenho a maior fé que, mesmo que seja a última coisa que eu faça na vida, ainda vou escalar uma dessas montanhas famosas...Admito que, se eu for me enfiar neste meu preparo físico de jogador de Ludo, com certeza vai ser a última coisa mesmo).
Entendimentos diferentes sobre a arte de escalar picos gelados, concordamos, no entanto, que as montanhas exibem-se como um dos mais belos e fascinantes elementos da paisagem do planeta. Compõem os registros atuais das forças atuantes no interior da Terra. Traduzem a dramaticidade e a brutalidade dos conflitos entre as placas abissais. Elevam-se por imposições tectônicas, soerguem-se em relevos rebeldes, atrevidos, descontentes. As montanhas são a transcrição de um planeta inquieto.
Realmente, as montanhas atestam em si, a realidade de uma natureza enérgica, imponderável. Estes temerosos fatores genéticos, estes desafios, estes ruídos de uma história geológica que está sendo contada são componentes suficientes para ativar a adrenalina no coração de apaixonados aventureiros. Eu diria que além de expressar um inexorável enraizamento, um aprisionamento de corações e mentes, as montanhas simbolizam, também, a liberdade do espírito. Vão até pertinho de Deus. Um homem que sobe as montanhas, trava uma luta contra os planos da natureza, mas ao mesmo tempo, aceita, com obediência, entregar-se aos insondáveis desígnios dos céus.
Penso não ser somente a adrenalina que leva um alpinista às alturas. Um pedacinho do céu o inspira.
Nas montanhas, um herói pode virar uma vítima a partir dos 2.800m de altitude. Neste ponto o organismo passa a ter dificuldades para absorver o oxigênio e a conseqüência desta debilidade pode ser a morte. Para vencer os 8.125m do Nanga Parbat o indivíduo passa por várias fases de adaptação, em altitudes diferentes e cada vez maiores. A aclimatação demora. A escalada leva tempo. A pressa não existe (e como diria o David, se não há nada pra fazer lá em cima, pra quê pressa?).
No filme, o Brad Pitt não vence o Nanga Parbat . Mas na vida real, eu já estive a alguma coisa perto de 1.200m de altitude, num lugar chamado Lavras Novas, nos arredores de Ouro Preto. Tava um friozinho lá em cima. Naquele dia, ganhei o meu pedacinho de céu.
Mas, embora eu não ache que escalar montanha seja “um prazer muito bobo”, fui de carro.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

BRINCADEIRA BESTA!

Acho que quando a gente é criança pobre, sem recursos suficientes para comprar brinquedo a 1 real e 99, a criatividade se torna mais aguçada. Senão olha só o que o Zé havia inventado e eu, claro, apoiado: CUSPÍAMOS NO CHÃO DE MADEIRA E AÍ TENTÁVAMOS UM AGARRAR A MÃO OU O BRAÇO DO OUTRO E ESFREGAR NA POÇA DE CUSPO NO CHÃO. Parecia uma prévia de luta greco-romana em que o vencedor era quem sujasse de cuspo a mão do outro!!!
------------------------------------------------------------------------------------------
JOSÉ MARIA COMENTA:
Só de ler o teu texto eu lagrimei de tanto rir. Mas que era engraçado era. Agora pensando bem, eu acho que podiamos ter criado uma variação acrescentando novas fases(como nos games) tipo assim, 2a. fase: secreções nasais, 3a. fase :excrementos animais, 4a. fase: animais peçonhentos, etc...
É por causa dessa brincadeira que tu eras meio fortinho.

domingo, 2 de agosto de 2009

Perigo.

Antes eu fazia o foguete enchendo um cartuchinho de papel aluminio com as raspas do palito. Só que isso acabava com os fósforos de casa e ai a mamãe ficava muito invocada.Dai eu raciocinei: Prá que ter trabalho raspando e juntando(longe do vento, que arruinava com o trabalho)o pozinho infernal se eu podia encapa-lo no próprio palito e obter um efeito parecido(bem fajutinho mas mesmo assim um efeito bem interessante, desde que tivesse fogo envolvido, hehehehe!). Eu ficava todo pimpão por ter tido aquela idéia e disseminado entre os moleques que ai iriam fazer e eu só ia ficar olhando com cara de espanto e eles levariam o esporro, kkkkkkk.

Igual a Infância do Bin Laden.

Ei, Jorge, tinha também aquela , de fazer um buraquinho na tabua do assoalho, colocar raspa de cabeça de fósforo, depois a gente colocava a ponta de um prego em cima do buraco cheio e dava uma martelada: Dava um barulho parece um tiro e o prego dava um pulo danado!

EM BUSCA DE PERIGO 2!

Um dia a mamãe me pegou acendendo um foguetinho apontado para o lado da casa da Orlandina! Meu irmão, foi uma surra....! Acho que eu fui dedurado pela vizinha... Por que não sei como a mamãe ia saber que aquela exagerada quantidade de palitos queimados no "chagão" de casa ia ser descoberta! A mamãe dizque sentia cheiro de queimado e não sabia o que era... e blá-blá-blá-blá... e tome-lhe chinelada e mais blá-blá-blá.... Daquele dia em diante, não lembro de ter acendido outro foguetinho na vida! SNIF!

BIA DISSE...

"oces " eram danados heim? colocaram fogo até na perna do meu pai!

José Maria disse:
-Ele mesmo se queimou ! Eu estava na missa.Hehehehehehe!
-Pô, Jorge, só brincadeira de pobre!!!quaquauqauqua!

EM BUSCA DE PERIGO!

O Zé sempre foi o mentor intelectual de algumas das "modas" (licença poética da dona Zenor) ocorridas durante nossa infância. Um dia ele me chama para soltarmos foguetinhos feitos de palito de fósforo e papel de cigarro. Antigamente as carteiras de cigarro vinham com um forro de papel em que uma das faces era papel alumínio (para manter sequinho o cigarro). A gente pegava o tal papel, cortava bem direitinho, e enrolava na cabeça do palito de fósforo. Daí, arranjávamos um suporte para o "foguetinho", acendíamos um fósforo e aproximávamos da cabeça do foguete. O calor da chama externa aquecia a parte interna do palito que acendia repentinamente, numa pequena explosão muito legal e voava para a frente... A brincadeira era tão envolvente, que uma tarde, às escondidas da mamãe, claro, fui eu fazer uma versão mais arrojada do brinquedo: raspas da cabeça do palito de fósforo socadinha dentro de um pequeno cilindro de papel alumínio no diâmetro do palito, mas sem o palito. Era só a pólvora!!! O petardo tinha um efeito mais incrível que os primeiros foguetinhos. Seu alcance era maior! E lá eu estava excitadíssimo com aquela coisinha perigosa e sensacional pronto para tacar fogo... Então, aconteceu o inesperado.... O FOGO DA EXPLOSÃO INTERNA PEGOU MEUS CABELOS DA PERNA INCENDIANDO NA HORA!!!!! Desesperado com a perna exalando cheiro de cabelo queimado e a queimadura de primeiro grau ardendo, não tive outra alternativa senão engolir o choro e rezar para que nada disso fosse descoberto.... pela mamãe, é claro!

José Maria disse:
Prá tu veres que eu buscava o aprimoramento do conhecimento dos meus irmãozinhos e estimulava a experiência. Eu podia, em vez de pegar o papel de aluminio do cigarro, pegar o próprio cigarro e te chamar prá dar umas baforadas. Mas não, te levei a cometer o auto flagelamento e assim disciplinar e purificar teu espírito pelo fogo sagrado de Prometeu! (Cor do textoMas me diz, tu saístes pulando numa perna só??KkKKKkkkkkKkKkKKk)Agora imaginei aquele desenho do Silvinho com o fósfora no lugar da cabeça, só que seria tu com a perna em forma de palito queimando.

"A fossa II(texto do Daniel)"


jorge disse...
Também chamaram para o Silvinho de "o renascido das merdas".....
31 de Julho de 2009 13:44
Eduardo Dias disse...
hahahahahahahha! Gostei dos textos e das ilustrações!! Nota 10!!! Acho que o Daniel tinha que ilustrar cada um dos textos que está no blog!!!!
31 de Julho de 2009 13:46

Pirão Féxion.(Eu que pintei)


Essa aqui falta mais inseto.

























Detalhe da manga.

Passáros que podem voar a qualquer momento.(Aquele amarelinho á direita meio que distante, foi pintado ali por que o pincel caiu da minha mão manchando de amarelo.Ai eu tive que pintar um passarinho fujão em cima da mancha.Ficou legal)

Pirão Féxion.(Eu que pintei)


Pimenta na camisa da gente é refresco.

Pirão Féxion.(Eu que pintei)



É uma representação idealizada do ser imerso em seu meio/ambiente manifesto em suas multi-fragmentações do ego latente em sua singularidade transcendental.