Lembrar do tio Romualdo lembra também tio Bebé( Ele se chamava Bertino, como o vovô). O tio bebé ficou na minha memória como um sujeito risonho, alegre, moleque. Não tinha tristeza. Ele era a preocupação do papai, no sentido de que ele sempre estava aprontando por aí. Mesmo nos últimos momentos dele, os quais eu acompanhei, ele nunca deixou de dar uma sacaneada, mesmo com a voz já fraca.
A tia Belém era costureira de dondocas. Uma vez fui lá na casa dela, na rua São Francisco, em frente aquela fábrica de gêlo e lá estavam algumas clientes dela e uma delas estava usando um perfume muito bom de cheirar, um cheiro que eu nunca tinha sentido e não esqueci e toda as vezes que sentia( depois de grande) eu associava a panos, máquina de costura e tesouras. Depois de muito tempo vim descobrir que esse perfume era o tal que Marilyn Monroe disse que, na falta de um pijama( que ela dispensava), usava para dormir: Chanel n°5.
A tia Jesus também era e deve ser ainda, a maluquinha. Pequenina e magrinha(corria o boato que ela tomou vinagre quando era jovem, para emagrecer) sempre ia lá em casa quando chegava o dia de receber a pensão do finado marido. Era também brincalhona e risonha.
A tia Belém era mais séria, mas era muito legaL. Eu gostava quando eles apareciam lá em casa.
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