Depois desta postagem, podem avaliar se fomos crianças e adolescentes entojados, ou certas figuras que eram muito chatas. Por exemplo, a mamãe saía todos os dias no mesmo horário, para ir à feira ou supermercado. O Nazareno e eu ficávamos na porta, na saudável ocupação de ficar desocupado, até que, invariavelmente aparecia aquela senhora magra, baixinha, perguntando se a mamãe estava em casa. Eu ficava imaginando que no dia seguinte ela passaria mais cedo, pra encontrar a mamãe, que o assunto deveria ser importante... mas era sempre a mesma pergunta, e ela não se mancava que naquela hora não iria encontrar a mamãe. Vocês devem admitir que é um saco a gente interromper a brincadeira para atender um mala desses.
Na oficina, tinha o marinheiro. Espírita, sempre de preto (desbotado), fazendo "tsc, tsc" nos dentes e mal-cheiroso. Além de tudo, enchia os pacová com uma conversa de que as filhas e a esposa o dominavam, e ele não reagia porque pensava estar cumprindo um desígnio de vidas passadas.
Também na oficina, aparecia um primo do papai, magro, sempre de boné e cigarro aceso. Havia somente um banquinho em que nos revezávamos. Pois o desgramado chegava e logo o papai oferecia o banco, em que ele ainda sentava inclinado, amolecendo as pernas do dito, e no meio do caminho. E ele só aparecia pra dizer que alguém tinha morrido. Até o papai se emputeceu com essa chatice.
Tem mais um rol de chatos, praticantes do bulling já nos anos 80, que eu poderia relacionar, mas aí seria chatice minha descrever essa galeria dos horrores.
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