sexta-feira, 31 de julho de 2009

SOBRE O JIPE

jorge disse...
Teve uma vez que o papai solicitou a confecção de uma capota para cobrir o jipe. Antes disso era usado um plástico de cor esverdeada que, ao ser aquecido, ganhava eletricidade estática e deixava os cabelos em pé. Então ele pagou adiantado para um mecânico desonesto morador da rua dos Timbiras perto da Quintino. A mamãe falou que o cara era trambiqueiro, mas o papai não deu ouvidos. Conclusão: o homem enrolou o papai por um tempão e nunca mais se viu falar da capota...
20 de Julho de 2009 17:52
Anônimo disse...
bacana desenho de carro do papai,mano!! Daniel
21 de Julho de 2009 00:31

Comentários sobre o comentário do Cássio(Que blog mais fresco)

CALMA GENTE, OLHA O PRECONCEITO CONTRA AS MINORIAS !
jorge disse...
Só podia ser o Cássio e seus problemas sexuais mal resolvidos.
29 de Julho de 2009 13:05
Anônimo disse...
o Cássio também é gay
29 de Julho de 2009 18:08
Nazaré disse...
Eu pensei que era a Fátima que estava no meio daqueles dois. E o Cássio onde estava? Acho que era a 4ª pessoa fantasiada tirando foto??????????? Valeu cunhado!
30 de Julho de 2009 20:53
Gabriel disse...
Hahaha nem parece que é um cara culto, todo comentário dele se resume a: "PARECE FRESCO, TÁ IGUAL UM FRESCO" acho que é dúvida sexual mesmo.
31 de Julho de 2009 14:08

SILVINHO BIN LADEN


Essa realmente não dá par esquecer: A FAMOSA EXPLOSÃO DA FOSSA.
Me lembro que cheguei em casa por volta das 19h, chuviscava como é de costume em dezembro, quando entrei o Silvio estava estranho, falando baixo, o Fernando, Flávio, Daniel e não me lembro quem mais, todos tinham uma expressão cínica, aquilo estava muito estranho, então o Fernando e o Sílvio me chamaram para subir e contar todo o infortúnio ocorrido, não agüentei cai na risada, vocês tinham que ver a cara de raiva do Sílvio, primeiro porque não me preocupei com ele, segundo porque ele não queria que a mamãe ouvisse, aí que eu ria ainda mais.
O Fernando relatou que ele ia chegando quando um bando de curiosos estava na ponte querendo saber aonde foi a explosão, não sei por que mas o Fernando logo pensou no Sílvio, ele correu pra casa e encontrou o Sílvio todo ardido.
Ele contou que as tábuas da casa da Orlandina despencaram todas, o Sílvio foi jogado contra a parede de casa, uma pedra atingiu a costa dele que ficou uma marca no formato de uma gota de ponta cabeça, as telhas do banheiro de casa levantaram e as roupas da mãe do Augusto ficaram todas sujas, o Sílvio teve que correr contra o tempo para arrumar tudo.
Então a noticia espalhou rápido e não teve mais como esconder da mamãe, engraçado ela foi a única que chorou por ele, fora ela todo mundo riu do leso.

Obs: o Tchesca (nome de fresco como diria o mal resolvido sexualmete Cássio) era o ajudante ou enrolante do Sílvio Bin Laden.


Um item que esqueci de relembrar:
Neste dia quando o Sílvio chegou com a sacola cheia de carbureto eu perguntei a ele o que era aquilo pois ele carregava cheio de cerimônias o tal saco, o dito me respondeu e disse que era para ter cuidado pois podia explodir, “legal” eu falei perto da mamãe, “vamos jogar na vala para explodir a vala?” o Bin Laden retrucou dizendo:”Não! Tu é doido moleque isso explode mesmo” a mamãe também me deu um esculacho, e não é que explodiu mesmo???

RETIFICAÇÃO DO CARBURETO

Gostaria de fazer umas correções no meu texto sobre o uso do carbureto. Segundo a professora de química geral da Universidade Católica de Pernambuco Leonie Asfora Sarubbo, a pedra de carbureto é feita de um mineral chamado carbureto de cálcio. "Em contato com a água produz um gás altamente inflamável e combustível, o acetileno. Por isso, há a explosão". Bem, aí está uma explicação mais científica. Consideremos que o leso do Sílvio ainda fumava perto da fossa, um local que contém gás metano (também conhecido por gás do pântano e responsável por mortes em minas de carvão mineral). Todo o cuidado é pouco quando se está perto do Sílvio.

A fossa II(texto do Daniel)


BROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOMMMMM!!!!!!!!!!!!!! No dia 22 de dezembro de 1999, o Sílvio me mostrou 2 quilos de carboreto, eu perguntei para ele assim: ''para que serve essa pedra branca e fedorenta??'', aí ele me respondeu ''pra limpá a fossa e matá os vermes!!'', aí fui diretamente à sala. À tarde, ele me chamou e eu vi na fossa havia borbulhas e fumaças brancas, milhões de baratas, centópeias fugindo, o Sílvio estava fumando cigarro, eu falei para ele que a faísca do cigarro pode cair sobre o carboreto na fração de segundos e ''bimba!!'', então ele disse ''não vai acontecer'', depois fui para a cozinha para embrulhar o presente de Natal, de repente... vocês sabem... Ouvi uma explosão violenta, éguaaaaaaaa!!!!...e dava para ver a luz amarela penetrando na cozinha e até vento forte de 50km/h. Fui correr desesperado, pensei assim ''puta que pariu!!'', para ver se ele estava mutilado ou não, mas graças a Deus ele sobreviveu kuakuakuaaaaa!!!! Ele entrou com a cabeça cheia de fumaça, aí depois eu, Flávio e Cheska viemos ajudar o coitadinho.Meses depois, o tio Inácio soube da história e chamou o Sílvio de ''ZÉ DA FOSSA''
COMENTÁRIOS:
jorge disse...
Também chamaram para o Silvinho de "o renascido das merdas".....
31 de Julho de 2009 13:44
Eduardo Dias disse...
hahahahahahahha! Gostei dos textos e das ilustrações!! Nota 10!!! Acho que o Daniel tinha que ilustrar cada um dos textos que está no blog!!!!
31 de Julho de 2009 13:46
Eduardo Dias disse...
hahahahahahahha! Gostei dos textos e das ilustrações!! Nota 10!!! Acho que o Daniel tinha que ilustrar cada um dos textos que está no blog!!!!
31 de Julho de 2009 13:46

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O TCHESCA

Tchesca é o apelido do ajudante do Silvinho, que até hoje não consegui guardar o verdadeiro nome de batismo. Ele era uma espécie de bobo da corte do primo e sempre sofria as maldades mentecaptas do Silvinho.

A FOSSA 2

O produto empregado chama-se CARBURETO. É altamente comburente quando em contato com o gás metano emanado por matéria orgânica em decomposição. Como nosso querido primo teve a infelicidade de não entender o que leu nas instruções (analfabeto científico é qualquer pessoa incapaz de interpretar informações básicas de um manual) deu no que deu. O carbureto em contato com gase sofre reação exotérmica (liberação de calor) e tem um tempo coerente para isso. Porém, ao ser acrescido em porções acima da recomendada pelo fabricante, torna-se uma bomba em potencial.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Cássio disse...


Que Blog mais fresco!
28 de Julho de 2009 16:54

"A NEN E A COBRA DA VALA!!!!"

Clara Amorim disse...
egua!acho que de todas as infancias daqueles 12 muleques magrelos a mais emocionante foi a da tia Nen,é fogueira com ataque homicidada por causa de pau velho,quase morte por afogamento na vala com vasilha de açai na mão,é uma bicuda de colher na boca, e ataque de cobra impedido por pescaria ninja na beira da vala, pow tia...Se eu tivesse tido uma infancia com esse monte de historias pra eu contar eu jamais queria esquecer. Então fica a dica:Apesar de bonito,crianças não não pintem( ou descoloram) seus cabelos de loiro, voce pode acabar fazendo as lembranças escorrerem, rsrsrs!
29 de Julho de 2009 01:42

A fossa (ou a ex-fossa)


Esse texto abaixo é do Flávio. É sobre a explosão acidental que houve, quando o Silvinho(filho da tia Graça) foi dar uma de limpador de fossa, lá em casa e errou na dose da substãncia lá que não me lembro o nome, que serve prá limpar fossa mas é também inflamavel.

Só não sei quem é "Cheska"(?!?!?!)


“BOCA DE LUZ”

Era tarde de calor e nenhuma nuvem no céu, a vizinhança rumina o silêncio que havia pregado suas bocas.
Estava eu à embrulhar um presente enrolado, que na mesa da cozinha se desfazia em laços mal dados.
À minha frente, Cheska falava sozinho as palavras grotescas, simiescas; se pereferem.
Quando o bafo das profundezas mais profundas e profanas, vento quente e matreiro, jogou a mesa e o Cheska para cima e a mim de cabeça na parede, nesta quarta feira, em eira nem beira.
Presente, gente e bancos envoltos em poeira densa que espalhou-se pela cozinha, e depois vir o tremor de uma EXPLOSÃO que abalou a inércia e a preguiça que dantes tomara conta dos ouvidos nas paredes.
Luz branca; amarela é dolorida chicotada na retina dos meus olhos que teimosos, permaneceram abertos à iridescente radiação luminosa do nevoeiro granuloso; surgiu uma criatura desprovida de pêlos e com a epiderme mais cinzenta que saí de açaí, dava dó de ver o coitado.
Ardido, fumado e atordoado, a testemunha ocular da história aparecia ao ficar de cara a cara com a MORTE.
Sua língua prendia-se ao falar e quando esta estalou; a verdade veio à tona, a verdade está lá fora: disse ao apontar pelo quintal afora.
A fossa fora pelos ares, a brancura do lençol do vizinho Augusto e as tábuas apodrecidas da “Orlandoca”, nunca mais esqueceram a dádiva que receberam.
Sílvio nunca mais fora o mesmo; hoje evita passar na beirada de qualquer buraco escuro como breu; para quem viu a merda criar vida, uma estada demorada no banheiro, vira pesadelo com certeza.

TEXTO DE FLÁVIO AMORIM

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O PERÍODO DAS CHEIAS NA DOUTOR MORAES

Uma das cenas que mais se fixaram em minha memória foram as enchentes na doutor Moraes. Eu ficava na janela do quarto olhando a chuva caindo e a correnteza produzida pela enxurrada através do canal.
Eu via uma grande quantidade de aranhas marrons, pretas, pretas com mancha branca na costa, bolos de formigas vermelhas, lagartos aquaplanando na lâmina dágua, cobras serpenteando, muçuns e ratos fugindo da cheia. Na sua maioria eles atravessavam para o lado em que morávamos, buscando refúgio debaixo das nossas moradias. Na vala passavam bichos mortos, em sua maioria cachorros já inchados pelos gases... Pedaços de sofás atirados no canal, restos de geladeira, fogões e mais outros utensílios domésticos não-identificados... Tudo isso disputando corrida na correnteza da vala. Numa dessas enchentes, o Jego, sobrinho da Orlandina, se atirava da ponte e vinha nadando por baixo da água.... Eu olhava estupefato a coragem daquele moleque nadando e a mãe dele esculachando depois daquelas prezepadas!!!

A NEN E A COBRA DA VALA!!!!

Quando os homens da limpeza pública passavam pela beira da vala com seus terçados amolados, logo depois vinham os outros homens com ancinhos retirando os restos de capins de dentro da água. A beira da vala ficava exposta e apareciam vários espécimes que habitavam as profundas dali. A água já era escura devido a quantidade exagerada de óleo diesel despejados. Os pedaços de paus acumulados na beirada eram muitos. Numa dessas vezes, de tarde, por volta de umas duas horas, sol forte, eis que tá a Nen cutucando restos de qualquer coisa na beira da vala. Os homens haviam deixado uma vara comprida fincada na beira da vala. A Nen, sei lá para quê, pegou a vara e a enfiou na vala... Aí, alguém gritou para ela sair de lá correndo... Por incrível que pareça, uma cobra fina e comprida, de dentro da vala, tentou morder a Nen!!! Apavorada a Orlandina gritava vendo a cobra se contorcendo presa pela ponta da vara que a Nen tinha metido na vala e a cobra tentando sair dali para pegar a Nen.. Eu via tudo assombrado da janela do quarto da frente enquanto a Nen corria de volta para casa. Acho que nem deu tempo de ela ver o que se passara....

Animais em nosso quintal

Havia uma papagaia de nome Rosa (para variar) que todo dia voava da casa da dona Marina para o nosso quintal a fim de roer os frutos vermelhos da árvore de urucu que, dizque, foi plantada pela Cica. Aquela papagaia era um inferno de barulhenta quando ia comer lá em casa que até parecia que comia nóia em vez de urucu... Pra tirar ela de lá era um deus nos acuda... Cabos de vassoura, dona Marina fazendo biquinho... e o Rintin latindo para todo mundo... Viche!!!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tentando lembrar...

Engraçado. Acho que é o cabelo branco que vai apagando as lembranças.
Fico lendo as postagens e não lembro muita coisa que é escrito aqui. Por incrível que pareça, lembrei de uma cena que se tornou comum em casa. Quando nós estávamos todos num só compartimento de casa, fícavamos pensando em quem "pertubar", "encher o saco", fazer a mamãe e o papai chamar nossa atenção. Daí ficávamos olhando pro Artur, naquele tempo gordinho, com aquele cabelo de "espeta caju", aí a gente assoprava ele e ele caia no chão. Era engraçado a cena. Não sei o que passava na cabeça dele. Era um assopro e 'ploft' se esparramava pelo chão. Hoje fico pensando, será que o Leonardo também tem essas manias? Talvez não, afinal ele não tem 12 irmãos irmãos 'atentados'.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Dá na minha boca!

Finalmente, família, posso contactar com quase todos. Um abraço pra mamãe, pro Zé, pro Jorge, pro Nazareno, pro Gabriel, pro Fernando, pra Nen, pra Fátima, pro Flávio, pro Daniel, pra Dilma, pro Artur, pras cunhadas e pros sobrinhos, sem esquecer dos primos e dos tios e da vovó! Ufa! Quanta gente!

Essa é pro Jorge. Não lembro muito bem, depois tu contas direito.
Lembras de quanto a Dilma era olhão? Tudo o que ela via a gente comendo, ela queria. Até que numa bela tarde lá na "casa velha" o mano Jorge tava amassando uma banana num prato. Aí a Dilma (que ainda não sabia falar direito) começou a pedir:
_ Dá na minha boca!?
E o Jorge continuou amassando a banana. A Dilma, insistente, pediu de novo:
_ Dá na minha boca!?
E pediu mais uma vez, mais outra vez, mais outra vez até que o Jorge se invocou com ela e deu com a colher na boca dela.
_ Buáááááááááááááááááááááááááá!!!! _ Ela abriu o bocão.
A mamãe ficou revoltada com ele e saiu correndo com uma sandália em volta da mesa pra tentar dar umas boas "sandalhadas" no elemento agressor:
_ Tu tá batendo na menina, filho d'uma égua! Eu vou te pegar.
E o mano, na maior cara de pau:
_ Mas ela mandou eu dar na boca dela...
E a perseguição varou a tarde...

A VINGANÇA DO GALO






Essa se eu contar ninguém acredita. Parece até mentira ou história de pescador mas foi verdade e até hoje acho muita graça disso. Podem acreditar.

A mamãe resolveu arranjar um galinho garnisé prá criar no quintal da casa nova e o bicho todo dia exercitava o gogó com um sonoro e desafinado "COCORICÓ" que eu tinha a maior raiva. Coisa de moleque mesmo. Eu acordava e ia pro banheiro "tirar a água do joelho" e dava uma corrida cedinho no cantor desafinado e prá completar um chute no traseiro dele e ainda dizia: vai aprender a cantar, seu f.d.p.... e voltava a dormir de novo. Antes porém eu dava umas boas gargalhadas.



Todo o santo dia aquela cena se repetia: eu no melhor do sono das 5 da manhã e o bicho parece que enchia os pulmões só prá me acordar. Aí eu descia da minha rede, descia as escadas e ia de fininho até o quintal onde os banheiros ficavam depois da reforma da casa, e aí botava o bicho prá correr no quintal e por fim, dava uma "bicuda" nas nádegas do coitado e ria muito também da minha maldade.


E assim se foi pelo menos durante uns meses, canto após canto, chute após chute, risada após risada, fui dando a minha parcela de contribuição na criação do galinho, sem a mamãe saber, é lógico.


Belo domingo, eu enrolava na rede prá ir descarregar a "água do joelho" e depois pretendia voltar a dormir prá somente às 8h ir pro Centrão tocar na missa das crianças, só que a bexiga não sabia disso e começou a me pressionar a ir fazer o tal xixi. Desci, como de sempre, corri atrás do bicho, como de sempre, chutei a bunda dele, como de sempre e fui pro banheiro e sabe como é né, relaxei prá fazer a tal necessidade fisiológica(acho que até dormi um pouco de pé) e aí quando vi o aprendiz de cantor e despertador veio pé ante pé, de mansinho, parece nos desenhos animados do Tom e do Jerry e aí, tchum!!!!! Me deu uma bela bicada no meu pé!!! O mijo que antes ia só para a privada, molhou a parede e o papel higiênico, com o susto. E o bicho saiu correndo parece o papaléguas da tv. Eu não sabia se ria ou se ficava com raiva, só sei que naquele dia o tal galo era quem tinha dado boas gargalhadas de mim, isso com certeza. Vai aprontar de novo, vai, moleque!!!!!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

JIPE


Também me lembro desse prego que o jipe deu e que o calor queimava meu traseiro no banco improvisado sobre o paralama do carro. Mas como tudo era festa e eu queria chegar logo na praia, nem esquentava a cabeça.
Lembro-me muito bem do jipe e do barulho que ele fazia quando o papai virava a chave, só não sei que fim o bichinho levou. Hoje vi um à venda e coincidentemente desenhei um jipe na beira da vala e somente depois vi as postagens de vocês sobre o assunto.




sábado, 18 de julho de 2009

A PORRADA DE CACHORRA X RATO



QUANDO O FERNANDO ERA PEQUENO, MAGRO, PÁLIDO E DESNUTRIDO, ESTAVA NA RUA, DE REPENTE OUVIU O ROSNADO E EM SEGUIDA VEIO O LATIDO, O MESMO IGNOROU, AÍ REAPARECEU OUTRA VEZ O LATIDO MAIS ALTO E FINO, ASSIM "CAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIMMMMMMMMMMMMMMM!!!!!!!!!'' ENQUANTO ELE TOMOU UM SUSTO, ACABARA DE VER O RATÃO MORDENDO O NARIZ E O FOCINHO DA TIMBÁ, OS DOIS FICAVAM BRIGANDO, RODANDO NO AR E NO CHÃO, LEVANTANDO A POEIRA DA RUA SECA. NÃO ME LEMBRO SE O ''SEU'' SÉRGIO OU CHARDES OU ''BRANCO'' FOI CORRER E JOGOU A PEDRA CONTRA O COITADO DO RATO, QUE FOI O PRIMO DO MANDUCA, E DEPOIS A TIMBÁ ARREMESOU-O NA VALA EM TRAJETÓRIA DESCRITIVA PARABÓLA.
Enviado pelo Daniel Dias(Texto e ilustração)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Passeio

Esse tempo quente me lembrou das vezes que o papai pegava o Jeep torto dele e nos levava para o "balneário" de Icoaraci, a praia do Cruzeiro.Até que era limpinha a areia e tinha um visual legal tipo um caramanchão no calçamento. Tinha um passaro lá que gritava um berro metálico enjoado prá caramba. Nós levavamos suco e sanduiches. Lembro que também a gente fez um "picnic" na sombra daquelas arvores que agora foram invadidas pelos vendedores de côco. Foi muito legal.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Papai, Mamãe e Clara


Prá recordar...

José Maria disse:Essa música me lembra o papai.

1141


Bem lembrado, Jorge!! Está aí a imagem da casa com as duas folhas da porta da rua.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

O SOM


O papai gostava de ouvir os discos dele no domingo de manhã. A eletrola dominava o canto sala com aquele móvel de madeira polida(como se dizia antigamente).O equipamento sonoro do seu Zé tinha dois alto falantes médios nas laterais,duas tuitas(altofalante pequeno para os agudos) e mais dois grandões na frente, para os graves.

Lembro que eu pegava os pequenos e sentava eles na minha perna, em frente à eletrola e ia colocando também os meus discos. Me recordo bem de sempre fazer isso com o Fernando. Ele , com o cabelo enroladinho, os olhos investigando as cores e movimentos do LP rodando, rodando. Quando o Fernando era pequenininho, eu estava interessado no som do YES, banda o tal rock progressivo. Assim como o Pink Floyd, tinha um som misterioso e totalmente diferente do que a gente ouvia miando nas rádios.

Tinha também umas capas bem surrealistas, ao contrário dos demais discos que sempre traziam na capa a foto brega dos cantores

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sentença cínica

Li com estupefação, perplexidade e indignação a sentença que ontem me impôs o juiz Raimundo das Chagas, titular da 4ª vara cível de Belém do Pará. Ao fim da leitura da peça, perguntei-me se o magistrado tem realmente consciência do significado do poder que a sociedade lhe delegou para fazer justiça, arbitrando os conflitos, apurando a verdade e decidindo com base na lei, nas evidências e provas contidas nos autos judiciais, assim como no que é público e notório na vida social. Ou, abusando das prerrogativas que lhe foram conferidas para o exercício da tutela judicial, utiliza esse poder em benefício de uma das partes e em detrimento dos direitos da outra parte.O juiz deliberou sobre uma ação cível de indenização por dano moral que contra mim foi proposta, em 2005, pelos irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, donos da maior corporação de comunicação do norte do país, o Grupo Liberal, afiliado à Rede Globo de Televisão. O pretexto da ação foi um artigo que escrevi para um livro publicado na Itália e que reproduzi no meu Jornal Pessoal, em setembro daquele ano.O magistrado acolheu integralmente a inicial dos autores. Disse que, no artigo, ofendi a memória do fundador do grupo de comunicação, Romulo Maiorana, já falecido, ao dizer que ele atuou como contrabandista em Belém na década de 50. Condenou-me a pagar aos dois irmãos indenização no valor de 30 mil reais, acrescida de juros e correção monetária, além de me impor o pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, arbitrados pelo máximo permitido na lei, de 20% sobre o valor da causa.O juiz também me proibiu de utilizar em meu jornal “qualquer expressão agressiva, injuriosa, difamatória e caluniosa contra a memória do extinto pai dos requerentes e contra a pessoa destes”. Também terei que publicar a carta que os irmãos Maiorana me enviarem, no exercício do direito de resposta. Se não cumprir a determinação, pagarei multa de R$ 30 mil e incorrerei em crime de desobediência.As penas aplicadas e as considerações feitas pelo juiz para justificá-las me atribuem delitos que não têm qualquer correspondência com os fatos, como demonstrarei.O juiz alega na sua sentença que escrevi o artigo movido por um “sentimento de revanche” contra os irmãos Maiorana. Isto porque, “meses antes de tamanha inspiração”, me envolvi “em grave desentendimento” com eles.O “grave desentendimento” foi a agressão que sofri, praticada por um dos irmãos, Ronaldo Maiorana. A agressão foi cometida por trás, dentro de um restaurante, onde eu almoçava com amigos, sem a menor possibilidade de defesa da minha parte, atacado de surpresa que fui. Ronaldo Maiorana teve ainda a cobertura de dois policiais militares, atuando como seus seguranças particulares. Agrediu-me e saiu, impune, como planejara. Minha única reação foi comunicar o fato em uma delegacia de polícia, sem a possibilidade de flagrante, porque o agressor se evadiu. Mas a deliberada agressão foi documentada pelas imagens de um celular, exibidas por emissora de televisão de Belém.O artigo que escrevi me foi encomendado pelo jornalista Maurizio Chierici, para um livro publicado na Itália. Quando o livro saiu, reproduzi o texto no Jornal Pessoal, oito meses depois da agressão.Diz o juiz que o texto possui “afirmações agressivas sobre a honra” de Romulo Maiorana pai, tendo o “intuito malévolo de achincalhar a honra alheia”, sendo uma “notícia injuriosa, difamatória e mentirosa”.A leitura isenta da matéria, que, obviamente, o magistrado não fez, revela que se trata de um pequeno trecho inserido em um texto mais amplo, sobre as origens do império de comunicação formado por Romulo Maiorana. Antes de comprar uma empresa jornalística, desenvolvendo-a a partir de 1966, ele estivera envolvido em contrabando, prática comum no Pará até 1964. Esse fato é de conhecimento público, porque o contrabando fazia parte dos hábitos e costumes de uma região isolada por terra do restante do país. O jornal A Província do Pará, um dos mais antigos do Brasil, fundado em 1876, se referiu várias vezes a esse passado em meio a uma polêmica com o empresário, travada em 1976.Três anos antes, quando se habilitou à concessão de um canal de televisão em Belém, que viria a ser a TV Liberal, integrada à Rede Globo, Romulo Maiorana teve que usar quatro funcionários, assinando com eles um “contrato de gaveta” para que aparecessem como sendo os donos da empresa habilitada e se comprometendo a repassar-lhe de volta as suas ações quando fosse possível. O estratagema foi montado porque os órgãos de segurança do governo federal mantinham em seus arquivos restrições ao empresário, por sua vinculação ao contrabando, não permitindo que a concessão do canal de televisão lhe fosse destinado. Quando as restrições foram abolidas, a empresa foi registrada em nome de Romulo.Os documentos comprobatórios dessa afirmação já foram juntados em juízo, nos processos onde os fatos foram usados pelos irmãos Maiorana como pretexto para algumas das 14 ações que propuseram contra mim depois da agressão, na evidente tentativa de inverter os pólos da situação: eu, de vítima, transmutado à condição de réu.Todos os fatos que citei no artigo são verdadeiros e foram provados, inclusive com a juntada da ficha do SNI (Serviço Nacional de Informações), que, na época do regime militar, orientava as ações do governo. Logo, não há calúnia alguma, delito que diz respeito a atribuir falsamente a prática de crime a alguém.Quanto ao ânimo do texto, é evidente também que se trata de mero relato jornalístico, uma informação lateral numa reconstituição histórica mais ampla. Não fiz nenhuma denúncia, por não se tratar de fato novo, nem esse era o aspecto central do artigo. Dele fez parte apenas para explicar por que a TV Liberal não esteve desde o início no nome de Romulo Maiorana pai, um fato inusitado e importante, a merecer registro.O juiz justificou os 30 mil reais de indenização, com acréscimos outros, que podem elevar o valor para próximo de R$ 40 mil, dizendo que a “capacidade de pagamento” do meu jornal “é notória, porquanto se trata de periódico de grande aceitação pelo público, principalmente pela classe estudantil, o que lhe garante um bom lucro”.Não há nos autos do processo nada, absolutamente nada para fundamentar as considerações do juiz, nem da parte dos autores da ação. O magistrado não buscou informações sobre a capacidade econômica do Jornal Pessoal, através do meio que fosse: quebra do meu sigilo bancário, informações da Receita Federal ou outra forma de apuração.O público e notório é exatamente o oposto. Meu jornal nunca aceitou publicidade, que constitui, em média, 80% da fonte de faturamento de uma empresa jornalística. Sua receita é oriunda exclusivamente da sua venda avulsa. A tiragem do jornal sempre foi de 2 mil exemplares e seu preço de capa, há mais de 12 anos, é de 3 reais. Descontando-se as comissões do distribuidor e do vendedor (sobretudo bancas de revista), mais as perdas, cortesias e encalhes, que absorvem 60% do preço de capa, o retorno líquido é de R$ 1,20 por exemplar, ou receita bruta de R$ 2,4 mil por quinzena (que é a periodicidade do jornal). É com essa fortuna que enfrento as despesas operacionais do jornal, como o pagamento da gráfica, do ilustrador/diagramador, expedição, etc. O que sobra para mim, quando sobra, é quantia mais do que modesta.Assim, o valor da indenização imposta pelo juiz equivale a um ano e meio de receita bruta do jornal. Aplicá-la significaria acabar com a publicação, o principal objetivo por trás dessas demandas judiciais a que sou submetido desde 1992.Além de conceder a indenização requerida pelos autores para os supostos danos morais que teriam sofrido por causa da matéria, o juiz me proibiu de voltar a me referir não só ao pai dos irmãos Maiorana, mas a eles próprios, extrapolando dessa forma os parâmetros da própria ação. Aqui, a violação é nada menos do que à constituição do Brasil e ao estado democrático de direito vigente no país, que vedam a censura prévia. A ofensa se torna ainda mais grave e passa a ter amplitude nacional e internacional.Finalmente, o magistrado me impõe acatar o direito de resposta dos irmãos Maiorana, direito que eles jamais exerceram. É do conhecimento público que o Jornal Pessoal publica – todas e por todo – as cartas que lhe são enviadas, mesmo quando ofensivas. Em outras ações, ofereci aos irmãos a publicação de qualquer carta que decidissem escrever sobre as causas, na íntegra. Desde que outra irmã iniciou essa perseguição judicial, em 1992, jamais esse oferecimento foi aceito pelos Maiorana. Por um motivo simples: eles sabem que não têm razão no que dizem, que a verdade está do meu lado. Não querem o debate público. Seu método consiste em circunscrever-me a autos judiciais e aplicar-me punição em circuito fechado.Ao contrário do que diz o juiz Raimundo das Chagas, contrariando algo que é de pleno domínio público, o Jornal Pessoal não tem “bom lucro”. Infelizmente, se mantém com grandes dificuldades, por seus princípios e pelo que é. Mas dispõe de um grande capital, que o mantém vivo e prestigiado há quase 22 anos: é a sua credibilidade. Mesmo os que discordam do jornal ou o antagonizam, reconhecem que o JP só diz o que pode provar. Por assim se comportar desde o início, incomoda os poderosos e os que gostariam de manipular a opinião pública, conforme seus interesses pessoais e comerciais, provocando sua ira e sua represália. A nova condenação é mais uma dessas vinganças. Mas com o apoio da sociedade, o Jornal Pessoal sobreviverá a mais esta provação.
Belém, 7 de julho de 2009
Lúcio Flávio Pinto

terça-feira, 7 de julho de 2009

Égua !!!(A Fabulosa Coruja Gigante do Augusto)


Caraca ! Essa estória parece um texto do poeta Augusto dos Anjos, com pinceladas do Apocalipse e estilo do Zé do Caixão.

Sobre a casa da Dr. Moraes 1141(Desenho do Nazareno)


Artur Dias disse...
Está tudo aí, do jeito que era mesmo! Nas cores e formas, até o detalhe dos triângulos debaixo das janelas! Muito legal mesmo!!
6 de Julho de 2009 08:47
jorge disse...
Só tem um detalhe! A porta da frente era de duas folhas! Desculpem se estou agindo como advogado do diabo. Mas não posso deixar vocês lembrarem pela metade da casa antiga. Deve ser porque eu ajudei a desmontar cada pedaço dela... Aí as impressões ficaram impregnadas até hoje.
7 de Julho de 2009 14:11

A FABULOSA CORUJA GIGANTE DO AUGUSTO

ilustração de Daniel Amorim Dias

Em uma noite negra como o breu do inferno, sem uma estrela sequer para iluminar o caminho dos desgraçados, libélulas voavam sedentas sobre a vala atrás dos encouraçados tamuatás, borbulhas de gases letais emergiam das profundezas do lodo pútrido, mas além disso alguma coisa pairava no ar além dos morcegos hematófagos e do ar tenebroso que nos rodeava, eu percebia isso pelo comportamento dos ratos nas margens do pântano.
De repente, meninos, eu vi... descendo do manto escuro do céu, um ser monstruoso, mas silencioso, parecia uma matinta pereira, pude então ver malmente o vulto descer a uma velocidade estonteante quando um raio atravessou os céus.
Quando aquele leviatã atingiu a altura mais baixa da superfície da terra, fazendo um voo rasante sobre as águas turvas e ferozes da vala, vi o bater de suas imensuraveis asas, causando um refluxo no ar que me arrebatou para o chão, tudo era jogado ao ar, poeira, folhas, libélulas, respingos d'água, ratos mortos.
Caído no chão vi aquele ser das trevas da noite voar sobre a vala, só o que meus pobres olhos puderam ver (como que em câmera lenta) foi a envergadura gigantesca que ultrapassava os limites das duas margens do canal, seu ventre passava a milésimos de milímetros da lâmina d'água, em suas imensas patas cheias de unhas afiadas tais quais cimitarras, levavam pra mais de mil ratos mortos em uma só pegada.
Atordoado com a força descomunal das lufadas geradas pelas asas da besta alada, caído e quase desfalecido a vi sumir nas brenhas escuras da noite preta da rua escura.
E um aviso para quem duvida:
QUEM DUVIDA PERDE A VIDA E COME CASCÃO DE FERIDA!

Este caso foi relatado pelo Augusto e se Deus quiser vai fazer parte da próxima edição do livro "Visagens e assombrações de Belém" de Walcyr Monteiro

O SÓSIA DO CHARDES


Olhem só parece o Chardes, mas é o jogador de futebol Amaral.
Quando este jogador se destacou na seleção brasileira o Chardes tinha orgulho de ser chamado de Amaral, que por sinal é mais fácil de pronunciar, mas de repente quando a Seleção perdeu a copa, ele não queria mais ser chamado pelo nome do jogador, e aí vocês já sabem o apelido só pega quando a pessoa não gosta.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Olha que gracinha!

domingo, 5 de julho de 2009

A FOTO DA CRUZ NO CÉU


A foto da cruz no céu estava com o Marcílio, um dia quando eu fui com ele lá no supermercado oito de maio ele gravou em cd para mim, não sei se ele ainda tem esta foto.

Dr. Moraes, 1141.

Arte: Nazareno.
Maravilha de desenho!!!

Crônica da semana-Raimundo Sodré

Aluá, mungunzá e a bença de São Marçá
Por onde andará o aluá? Tenho me batido por estes terreiros, atrás de um bom vinho e não tenho encontrado. O aluá, que aqui entre nós é uma bebida feita com a casca do abacaxi, já fez e aconteceu na quadra junina. Tinha presença certa no arraiá, junto com o mingau de milho, com o bolo de macaxeira e a canjica.
Era respeitado. Em alguns casos, na falta da geladeira (noutros tempos não era qualquer pessoa que tinha a sua Gelomatic), havia o cuidado de acondicionar o suco em potes de barro ou bilhas, para conservá-lo geladinho. Ficava que era uma maravilha.
Hoje em dia, anda meio démodé, o aluá. Nem citado é nos roteiros culinários da ocasião.
Um exemplo disso é que num programa de TV, dei com uma especialista recomendando as comidas típicas de junho e integrando, surpreendentemente, ao nosso cardápio, o despropositado quentão. Ora quentão!
Eu sempre ouvi falar de quentão. Mas aqui em Belém, já com alguns anarriês no costado, já tendo saltado alguns formigueiros e me escabriado umas quantas vezes da chuva de mentira e da chuva de verdade, não lembro de ter tomado um tiquinho sequer desta bebida. Por isso, duvido que a tal recomendação tenha sido de vera (acho que essas referências controversas são ainda, heranças daqueles livros de Integração Social, que desconsideravam os considerandos regionais: integravam por demais). Se fosse o aluá, ainda vá, mas quentão! Aqui em Belém, quentão, só se for gelado, advertiu o meu compadre Edir Gaya, quando veio tomar um mungunzá aqui em casa, no aniversário da afilhada Amaranta Maria.
O quentão, o nome já tá dizendo: é uma bebida quente. E não é quentinha não. É uma cachaça aquecida a altas temperaturas e apurada com alguns temperos como o gengibre por exemplo. Tomei quentão, uma vez, num arraial tradicional em Rondônia, e me fiz de macho, porque o bicho é forte. Na primeira golada as lágrimas desceram dos’óio. Mas tive motivo para a audácia: por esta época do ano, a temperatura em Porto Velho beira os 15 graus. Então, com toda derrota, aquele caldo apimentado caía até bem para dar um calor à alma. Aqui em Belém se o camarada for tomar quentão, depois de marcar uma parte de forró com a cabrocha, ele estopora. Solta fumaça pelos ouvidos e fica só o endereço. Só a casqueta.
E por falar em casqueta, a gente já está na batida da campa das festas joaninas. O final de semana ainda nos traz boas e elegantes exibições de quadrilhas, pássaros, bois (amanhã a terra vai tremer com a despedida do Pavulagem), mas os folguedos já se despedem. A cultura brasileira, no geral, e a paraense, em particular, ascendem aos píncaros com as manifestações folclóricas que se realizam em junho. As tradicionais homenagens aos santos, as simpatias, as danças, as relações de compadrio firmadas à luz da fogueira, consagram e certificam a ‘cultura popular’ verdadeiramente como cultura e inegavelmente como popular (tenho só alguns poréns quanto a incorporação de certos ritmos e aos movimentos contínuos e excitados que os cavalheiros fazem nos passos da ‘quadrilha moderna’, mas nada que fira o zelo e a simetria das prodigiosas coreografias. Não é por nada, não, é porque eu sou da antiga mesmo, do tempo do balancê nos seus devidos lugares).
Agora, tirando da grande roda a incompatibilidade entre as propriedades do quentão e as do antigo aluá, passamos um aperreio danado no último dia 30, para acender uma fogueira. É que tá difícil achar paneiro hoje em dia, na cidade, e queimar saquinho plástico não tem combina, além do que, São Marçá é bem capaz de ralhá.

A foto da Fátima no Liberal



Artur Dias disse...
Eu não sei, aliás, o que era pior, se o enxerimento do tio Inácio em dar palpite sobre as atividades políticas da Fátima ou as idéias direitosas dele.
1 de Julho de 2009 10:13

jorge disse...

Eu lembrei que no dia do assassinato do Paulo, o papai fotografou uma nuvem solitária,em forma de cruz, no céu de azul intenso. Era de manhã quando me deparei com aquela escultura natural feita pelo vento. Chamei o papai para ver e ele ficou impressionado. A nuvem-cruz estava na posição norte. A foto ainda rolou pela casa depois de muitos anos. Quando tomei conhecimento da morte do Paulo Fonteles, não sabia que ele era defensor de pobres. Fui ao enterro dele muito impressionado. Era tanta gente que mais parecia um círio. Toda vez que eu olhava aquela foto, não dava para esquecer daquele dia...
5 de Julho de 2009 12:21

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sala

Só prá melhorar a imagem da sala, Artur, A passagem entre as duas salas era mais larga. Lá no outro cômodo tinha o buffet marron, na parede direita e a máquina de costura também. O vaso é exatamente igual. Esse vaso era de plástico e tinha umas bolinhas que a gente gostava de amassar sentindo a areia dentro, lembra? Aquela coluna onde o vaso ficava também é igual. Na parede direita perto da estante realmente tinha aquela marca de uma antiga escada de madeira. O quadro do Cristo tinha uma lâmpada neon que eu achava esquisita a luzinha que ficava tremelicando dentro, à guisa de uma chama de vela.Faltou a eletrola belíssima e potente do papai na sala. Tu lembra como ela era?
Artur, que tal tu fazeres agora a visão que a gente tinha da janela da frente, ou seja, a vala, o outro lado da margem e as casas?
Desenho legal!!!

Sala


Era simpática a nossa sala, não?

O GRITO


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quarto do Meio


As imagens vêm como numa torrente, às vezes um pouco embaçadas, indefinidas. Descontem a falta de correspondência entre a janela lateral e a porta interna.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Quarto II/I

Caraca, Artur! Tu fôstes fundo agora. É isso mesmo a imagem do quarto pelo ângulo oposto. Aquele degrauzinho de madeira tinha um queimado. A história desse queimado é que uma vez faltou luz, coisa que quase não acontecia antigamente, daí o papai acendeu uma vela e colocou ali. Todo mundo dormiu. Certa hora eu me acordei prá xixar e dei com aquele clarão na porta. A vela derreteu toda e o fogaréu tinha pego na madeira do degrau. Rapidamente pulei por cima do fogo, (igual o Ultra-Q) vi exatamente aquele bacio(penico) perto do barco e não deu outra, virei o mijo todo em cima do fogo. Em seguida a galera acordou tirando a remela do olho sem saber direito o que era aquilo.
Em cima do guarda-roupa tinha uma caixa de papelão que eu guardava uns brinquedinhos quebrados e outras relíquias.
Na verdade o guarda roupa tinha uma porta só com espelho e tinha uns entalhes na madeira.
Belo desenho Artur!

Quarto II