sexta-feira, 10 de julho de 2009

1141


Bem lembrado, Jorge!! Está aí a imagem da casa com as duas folhas da porta da rua.


Um comentário:

jorge disse...

No quarto do meio havia um forro feito acho que de papel prensado, preso ao teto por ripas bem finas, formando quadrados regulares. De tanto que o Nazareno mijava na rede e o mijo varava do quarto para o forro, ele foi ficando manchado e amolecido, formando uma barriga (por força do peso para baixo). Naquele forro, dominado pelas catitas, também havia uma fauna de seres pequenos de muitas patas. Uma noite, o forro estava arriado (uma abertura grande) eis que surge uma aranha amarela, bem diferente em espécie e de tamanho avantajado que saira daquela abertura, acho que expulsa pela mijadeira nazarena. Fiquei oriçado em ver uma espécie terríficamente diferente das comuns com suas cores preta e cinza. Seus minusculos olhos brilharam diante da fluorescente e revelou uns palpos horripilantes que se mexiam como que a querer morder quem estivesse por perto. Ali, naquele forro, ela passeava tranquila, como se dona dali fosse... Não lembro quem mas o meu parceiro naquela hora teve a feliz idéia de fazer uma baladeira improvisada com liga e tacar petardos de papel dobrado na aranha... A Constância disse que era para a gente parar de atirar na aranha que ela espirrava leite na gente e a gente ia ficar cego. QUÁ! QUÁ! QUÁ! Uma aranha jogar leite? Seria demais!!! Claro que não acreditei e, influenciado pelo parceiro atirador, também ajudei-o naquela caçada a aranha amarela de bunda grande. De repente, a mesma virou-se para nós e despejou um líquido meio rosado sobre nós!!!! Caraca, meu!!! A sacana da aranha parecia estar mijando pela parte de trás dela sobre a gente, revidando o acinte!!! Nunca na minha pequena vida de moleque da doutor moraes, acostumado a ver aranhas de todo tipo, jamais imaginei que um ser daquele espécie pudesse ter tamanha petulência para com seus algozes!! Ela fugiu para dentro da escuridão da abertura e nunca mais foi vista de novo (pelo menos por mim!!). Não sei se era o Nazareno ou o Zé o parceiro, mas será que ainda ele se lembra disso?