Esse texto abaixo é do Flávio. É sobre a explosão acidental que houve, quando o Silvinho(filho da tia Graça) foi dar uma de limpador de fossa, lá em casa e errou na dose da substãncia lá que não me lembro o nome, que serve prá limpar fossa mas é também inflamavel.
Só não sei quem é "Cheska"(?!?!?!)
“BOCA DE LUZ”
Era tarde de calor e nenhuma nuvem no céu, a vizinhança rumina o silêncio que havia pregado suas bocas.
Estava eu à embrulhar um presente enrolado, que na mesa da cozinha se desfazia em laços mal dados.
À minha frente, Cheska falava sozinho as palavras grotescas, simiescas; se pereferem.
Quando o bafo das profundezas mais profundas e profanas, vento quente e matreiro, jogou a mesa e o Cheska para cima e a mim de cabeça na parede, nesta quarta feira, em eira nem beira.
Presente, gente e bancos envoltos em poeira densa que espalhou-se pela cozinha, e depois vir o tremor de uma EXPLOSÃO que abalou a inércia e a preguiça que dantes tomara conta dos ouvidos nas paredes.
Luz branca; amarela é dolorida chicotada na retina dos meus olhos que teimosos, permaneceram abertos à iridescente radiação luminosa do nevoeiro granuloso; surgiu uma criatura desprovida de pêlos e com a epiderme mais cinzenta que saí de açaí, dava dó de ver o coitado.
Ardido, fumado e atordoado, a testemunha ocular da história aparecia ao ficar de cara a cara com a MORTE.
Sua língua prendia-se ao falar e quando esta estalou; a verdade veio à tona, a verdade está lá fora: disse ao apontar pelo quintal afora.
A fossa fora pelos ares, a brancura do lençol do vizinho Augusto e as tábuas apodrecidas da “Orlandoca”, nunca mais esqueceram a dádiva que receberam.
Sílvio nunca mais fora o mesmo; hoje evita passar na beirada de qualquer buraco escuro como breu; para quem viu a merda criar vida, uma estada demorada no banheiro, vira pesadelo com certeza.
TEXTO DE FLÁVIO AMORIM
Era tarde de calor e nenhuma nuvem no céu, a vizinhança rumina o silêncio que havia pregado suas bocas.
Estava eu à embrulhar um presente enrolado, que na mesa da cozinha se desfazia em laços mal dados.
À minha frente, Cheska falava sozinho as palavras grotescas, simiescas; se pereferem.
Quando o bafo das profundezas mais profundas e profanas, vento quente e matreiro, jogou a mesa e o Cheska para cima e a mim de cabeça na parede, nesta quarta feira, em eira nem beira.
Presente, gente e bancos envoltos em poeira densa que espalhou-se pela cozinha, e depois vir o tremor de uma EXPLOSÃO que abalou a inércia e a preguiça que dantes tomara conta dos ouvidos nas paredes.
Luz branca; amarela é dolorida chicotada na retina dos meus olhos que teimosos, permaneceram abertos à iridescente radiação luminosa do nevoeiro granuloso; surgiu uma criatura desprovida de pêlos e com a epiderme mais cinzenta que saí de açaí, dava dó de ver o coitado.
Ardido, fumado e atordoado, a testemunha ocular da história aparecia ao ficar de cara a cara com a MORTE.
Sua língua prendia-se ao falar e quando esta estalou; a verdade veio à tona, a verdade está lá fora: disse ao apontar pelo quintal afora.
A fossa fora pelos ares, a brancura do lençol do vizinho Augusto e as tábuas apodrecidas da “Orlandoca”, nunca mais esqueceram a dádiva que receberam.
Sílvio nunca mais fora o mesmo; hoje evita passar na beirada de qualquer buraco escuro como breu; para quem viu a merda criar vida, uma estada demorada no banheiro, vira pesadelo com certeza.
TEXTO DE FLÁVIO AMORIM
2 comentários:
Foi um texto muito engraçado. Parabéns. Chorei de tanto rir!
Muito bom! Juntando essa com a do colega do Daniel que foi no banheiro do avião e deu a descarga com o traseiro ainda dentro do buraco oval, dá prá rir mais ainda.
Parabéns Flávio pelo texto! O Odorico Paraguassú ia ficar com inveja!
Postar um comentário