sábado, 12 de dezembro de 2009
É Natal, é Natal...
Quem nunca ouviu aquele plim plim plim da musiquinha de natal tocada na harpa? É impossível não conhecer esse som. Prá alguns pode soar chato, mas prá mim é uma viagem no túnel do tempo. Se aqui não tem neve, tem essa música prá assinalar a chegada da época de natal.
Lembro das noites vesperas de natal, sempre chovia.E lá ia seu Dias, por baixo de chuva, nos últimos momentos, buscar "lá embaixo"( que era como se dizia para designar o bairro comercial) os presentes da gurizada. Bonecas de plástico ôco, raquetes de tênis, carrinhos coloridos, estojos de mágica, caixas de experiências, quebra cabeças.
Lembro de ter acordado no Dia de Natal e encontrado embaixo da rede uma caixa de papelão escrito"O pequeno químico". Tinha um monte de experiências bacanas, mas a melhor, a melhor mesmo era uma chamada "sangue do diabo"(hehehehehehehehe). A gente misturava dois líquidos transparentes que viravam uma tinta carmim forte. Dai se colocava dentro de um frasco de desodorante usado e eu sai espirrando na roupa branca dos desavisados, causando uma mancha. A pessoa ficava irada, mas dai a poucos segundos, após a rápida evaporação a cor sumia.Era só o susto.
Certa vez o papai me deu um quebra cabeça, daqueles que tem 9 quadradinhos que correm em várias direções em uma moldura. Era uma figura do Mickey. Ele acreditava que eu era muito inteligente e logo montaria o brinquedo. Que nada. Fiquei todo embananado. e logo deixei o brinquedo chato de lado. Eu não sabia que ele também tinha dado um pro Ronaldo, nosso primo (que era um protegido do papai, visto a tia Jesus ser separada do marido)que morava ao lado. A decepção do papai foi que o Ronaldo montou o quebra-cabeça primeiro que eu. E só depois de alguns dias foi que eu consegui.
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2 comentários:
Nessas noites de chuva fina, eu ficava debruçado na janela do quarto da frente olhando fixo para a rua dos Timbiras. Eram noites mal iluminadas de uma cor alaranjada tênue. No fim do muro da casa do dentista (casa do Tadeu e do Zéca),para minha visão, qualquer vulto surgido a partir dali, alimentava a sofrida espera de ver o papai chegando. A ansiedade era mais insegurança do que desejo de ganhar presentes. Eu temia que ele não voltasse para casa... Devia ser por causa dos assaltos que sempre eu ouvia a mamãe comentar. A paranóia de achar que o papai custava demais em voltar para casa só acabava quando era possível identificar aquela silhueta baixinha e de andar rápido surgindo por detrás do muro. No dia seguinte, sabia que o papai não iria trabalhar e ficava mais um tempo nos dando atenção. Hoje, depois que chego do trabalho e recebo os abraços das duas pequeninas e um gostoso abraço da minha Marcinha, me coloco no lugar do "velho" e penso que ele devia se sentir seguro no aconchego dos braçinhos dos muitos pirralhos e da digníssima esposa, nossa mãe, dona Maria. Muito reconfortante esta sensação!
Na época de Natal, me lembrou do Charles Azanaaavooooouuurrrrrrr, o cantor francês, que fez a música arrepiante com o tema "la boheme".
O Cássio lagrimou muito pela música, quando eu era criança.
Vou cantar para ele se lembra-la.
"LA BOHEME"- de Charles Aznavour
LA LA LA LA LA LAAAAAAAA
BOHEMEEEEEE
BOHEME ME ME MI
LA LA LA LA LA LAAAAAAAAAAAAAAAAAAA....
MAMMA MAMMA MAMMA MAMMA MIA
LA BOHEMEEEEEEEEE
LA BAOEMI LA BOHEME LA BOHEMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
CEST'LA TRISTIS VECNICE THE LA FILORES
LA BOHEMEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!
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