Santo Sepulcro, abril insurreto
A noite, chama a voz apaixonada
Liberdade à tardinha...
Lavam os pés os condenados
Inconfidentes e conspirados
Inertes morrem no retábulo
E as incoerências e os ódios?
Drumond não responde, nem pergunta...
Abril vermelho, martírio
Sacrifício renovado na utopia
Comendo e bebendo o pão e o vinho
"Onde dentes eram tristes, outros solidão"
E incongruentes buscam a interseção
Alguém vai abir o sepulcro
E enterrar na terra em cinzas
A esperança que um dia saiu da caixa.
(Cássio de Andrade)
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